Fachada de termas em Maricá onde polícia faz operação
nesta terça-feira (14) (Foto:
Divulgação)
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Quadrilha
que explora casas de prostituição e a facilitação para prostituição de menores
de 18 anos em São Gonçalo e Maricá.
A polícia
prendeu, em uma operação na manhã desta terça-feira (14), o ex-policial civil
Alzemar Conceição dos Anjos e Jacqueline Nascimento de Almeida Santos,
suspeitos de comandar e integrar uma quadrilha que explora a prostituição
infantil em São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com
as investigações, a organização criminosa, liderada pelo ex-policial civil
Alzemar, atuava de forma ordenada e com divisão de tarefas em duas casas de
prostituições em São Gonçalo e outra em Maricá.
A ação, feita
pela Polícia Civil, através da Corregedoria Interna (Coinpol) em ação conjunta
com a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança e o
Ministério Público-RJ, visa cumprir seis mandados de prisão preventiva e 10
mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Menores são
chamadas de 'sapatinhos pequenos'
Alzemar, preso
em casa no início desta manhã, foi expulso da Polícia Civil justamente por
envolvimento em um esquema de exploração infantil. Durante as investigações, a
polícia descobriu que menores de idade eram prostituídas porque os suspeitos se
referiam a essas adolescentes como "sapatinhos pequenos", em uma
tentativa de não chamar atenção.
Cartaz avisa
que cada mulher é responsável
pela limpeza de seu quarto e as chama
de 'nojentas' (Foto:
Felipe Freire)
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O ex-policial é
suspeito de comandar três casas de prostituição, duas em São Gonçalo e uma em
Maricá. A polícia ainda investiga a possibilidade de muitas dessas mulheres
ficarem em cárcere privado. O grupo aliciava menores carentes da região e as
levava para trabalhar nos locais, que ainda apresentam condições precárias de
higiene.
Por volta das
7h, os agentes faziam, em uma termas que fica às margens da rodovia RJ-104, na
altura da Marambaia, uma checagem para verificar se há menores de idade entre
as mulheres que dormiam nos quartos do local. No local, foi encontrado um
recibo de aluguel do espaço em nome de Alzemar, o que comprova que ele
comandava o esquema.
Alzemar cuidava
de todo o funcionamento da atividade ilícita, contratando as “garotas de
programa”, controlando a parte financeira, determinando as funções dos demais
denunciados, cuidando dos pagamentos dos salários, “programas”, de comissões e
da compra de bens de consumo para o exercício da atividade fim.
Por Nicolas Satriano e Felipe Freire, G1 Rio
e TV Globo
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