Pessoas
fazem fila para pegar ônibus em Caracas depois que
serviço de metrô foi interrompido nesta
quinta-feira (30) por
um apagão (Foto: Marco Bello/Reuters)
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Serviço de
metrô da capital venezuelana foi interrompido. Governo atribui a atos de
sabotagem.
Milhões de
pessoas em Caracas e arredores ficaram sem acesso à energia elétrica nesta
quinta-feira (30), pelo segundo dia consecutivo, por conta de um apagão,
enquanto o governo de Nicolás Maduro diz que as falhas foram causadas por uma
sabotagem.
Segundo a
agência Associated Press, o blecaute desta quinta durou cerca de 20 minutos. Em
algumas zonas de Caracas o serviço do metrô foi suspenso.
Nesta quarta, o
ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Luis
Motta Domínguez disse que a falha foi originada porque houve um
"corte" de uma linha de transmissão em Santa Teresa, no estado de
Miranda.
"Uma linha
não se rompe por si só. Vamos buscar todos os indícios de como isto pode ter
acontecido e quem está por trás desta situação", disse então.
Nesta quinta,
indicou que os cortes de energia ocorreram devido à reparação da sabotagem que
teria ocorrido na quarta.
"Motivado
pela reparação de um cabo cortado ontem, haverá uma interrupção do serviço
(elétrico) enquanto durarem os trabalhos", escreveu o funcionário, embora
esta mensagem tenha sido publicada durante o blecaute.
As duas
interrupções de energia acontecem menos de um mês depois de um grande apagão
que afetou
80% de Caracas e cidades de outros dois estados no centro do país.
Venezuela em
crise
Há muitos anos
a Venezuela registra falhas no serviço elétrico. O governo costuma atribuir a
ações de sabotagem, mas analistas apontam deficiência na manutenção das
instalações, má gestão e diminuição de investimentos.
O país está
afundado em uma crise econômica dominada por hiperinflação, uma forte recessão
e escassez de produtos básicos como alimentos e remédios. O Fundo Monetário
Internacional (FMI) estima que a inflação fechará em 1.000.000% neste ano.
Fugindo da
crise, milhares de venezuelanos emigraram nas últimas semanas para Brasil,
Colômbia, Equador, Peru e Chile, gerando tensões.
Ao menos 2,3
milhões de venezuelanos - de uma população de 30,6 milhões - vivem no exterior.
Deste total, 1,6 milhão emigraram a partir de 2015, segundo as Nações Unidas.
Por G1
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