Um homem
segura um cartaz que diz "Fora Ortega" enquanto
corre em uma
rua na comunidade indígena de Monimbo em Masaya,
na Nicarágua
em foto de 6 de junho de 2018
(Foto: Oswaldo Rivas/ Reuters)
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A violência
no país já deixou mais de 230 mortos em quase três meses de protestos contra o
presidente Daniel Ortega.
Uma incursão do
batalhão de choque e de paramilitares no sudoeste da Nicarágua contra os
opositores do presidente Daniel Ortega deixou três mortos e vários feridos, de
acordo com um grupo de direitos humanos.
"Foram
reportadas em Diriamba três pessoas mortas, dois em Diriamba e um em
Jinotepe", informou à AFP Vivian Zúñiga, representante do Centro
Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH) no departamento de Carazo, ao qual
pertencem os povoados.
Segundo vídeos
divulgados por moradores e defensores dos direitos humanos, grupos de homens
encapuzados, à paisana e fortemente armados percorrem as ruas de Diriamba.
"A
situação é grave. Há um ataque desmedido das forças do governo, que está
resultando em derramamento de sangue, mais mortes e luto em nosso país. A repressão
das forças conjuntas é desproporcional", declarou o secretário executivo
da Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos, Alvaro Leiva.
Segundo Vivian,
as forças conjuntas pró-governo cercaram a basílica de San Sebastián de
Diriamba, "para impedir que a mesma abra as portas para os feridos".
O secretário
executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Pablo Abräo,
que está em Manágua verificando violações dos direitos humanos, denunciou que
"grupos armados pró-governo apoiados pela polícia entram nas cidades de
forma maciça".
Bispos da
Igreja Católica aconselharam os moradores a se proteger e pediram o fim da
violência, que já deixou mais de 230 mortos em quase três meses de protestos
contra Ortega.
Os protestos
começaram em 18 de abril, contra a reforma da previdência social, mas, ante a
forte repressão da polícia com grupos armados ilegais, ampliaram-se e passaram
a exigir a saída de Ortega, 72, que acusam de instaurar com sua mulher, Rosario
Murillo, uma ditadura marcada por corrupção e nepotismo.
Por France Presse
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