Pai de cabo morto que morava em Rio das Ostras diz que filho queria abandonar a PM | Rio das Ostras Jornal

Pai de cabo morto que morava em Rio das Ostras diz que filho queria abandonar a PM

O cabo Thiago e sua mulher, Deise. - Reprodução

Comerciante Sidney Marcos Pereira da Silva venderá negócio para cuidar dos netos
A morte do cabo Thiago Abraão Lopes da Silva, de 33 anos, atropelado por bandidos durante uma perseguição policial, impactou na rotina do pai do policial, o comerciante Sidney Marcos Pereira da Silva, que morava em Rio das Ostras há dez anos. Acompanhado da mulher, Deise Tarquinio (que não é mãe de Thiago), ele se mudará para Caxias, onde ficará perto das dois netos e do outro filho.
— Por causa da morte trágica do meu filho e da minha nora, que estava com ele no momento da tragédia, vou deixar tudo o que construí, para ficar perto da minha família. Estou abandonando a minha vida e o meu trabalho para voltar a morar na Região Metropolitana do Rio. Vou colocar o meu negócio para vender, mas, se não conseguir, eu vou largar tudo — disse.
Thiago estava numa motocicleta com a Deise durante o acidente. Os dois morreram na hora. Thiago deixou dois filhos: Thauona, de 9 anos, de seu primeiro casamento e Daniel, 4 anos, que também é filho de Heloísa, que ainda deixa a filha Flávia, de 18 anos, e uma neta, de 1 ano. Familiares de um dos suspeitos do crime, que também morreu durante o acidente, foram ao enterro do casal.
— Eles são pessoas de bem, cristãos como a minha família. Um pai trabalhador, e uma mãe que chorava a dor de enterrar um filho. Quando eles me abraçaram, não havia diferença entre nós. Éramos todos pais, vítimas do descaso do poder público com seus indivíduos. O inimigo da sociedade não é o bandido, mas os poderosas que tem a caneta na mão, que assassinam diariamente pessoas nas filas dos hospitais e criam bandidos ao não dar oportunidades de formação e trabalho aos jovens — reclamou Sidney.
O pai de Thiago ainda criticou a grande quantidade de ONGs do estado. Para ele, elas fazem parte de uma máquina, que alimenta a criminalidade no Rio.
Um dos carros envolvidos no acidente no
Jardim Primavera - Reprodução/Internet
— Quanto mais bandido é morto, mais ONGs são criadas pelo pessoal ligado às questões relacionadas aos direitos humanos. Defender o bandido morto não é errado, mas é preciso dar educação à sociedade. É essa lacuna que essas organizações devem tentar preencher para tentar ajudar a gerar um terreno mais fértil para formarmos cidadãos de bem. Ninguém vai à rua matar e morer por querer. acredito até que 10% dos nossos bandidos, se tivessem escolha, estariam na criminalidade mesmo. Mas 90%, se pudesse, se fosse capacitado, estariam pegando seus ônibus d emanhã para trabalhar cedo e voltando para sua família no fim do dia. O tempo testá passando, e o muro que separa a sociedade de bem dos criminosos está sendo derrubado. Daqui a pouco, eles vão estar dentro da nossa casa — alertou.
Sidney ainda revelou que, por causa da violência, o filho tinha planos de largar a polícia.
— Mesmo sendo um profissional da segurança pública, ele andava com muito medo. Ele estava com planos de vender casa e todos os bens para ir morar nos Estados Unidos e já estava se movimentando para isso, mas infelizmente, não conseguiu realizar esse sonho.
O sepultamento e o enterro de Thiago e Deise foi custeado pelo Estado do Rio.
POR ADALBERTO NETO
Globo.com

Postar no Google +

About Angel Morote

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!

PUBLICIDADE