Primeira
cadeia de valor do estado a receber o programa, a ideia é que outros segmentos
sejam contemplados nos próximos anos
A construção
civil é um dos principais termômetros da economia, afinal ela emprega 13
milhões de pessoas no País, segundo o governo federal. Porém, resultados
desanimadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 2,2% em comparação com o
primeiro trimestre de 2017. Para Filipe Pessoa, executivo-chefe de
empreendedorismo do CESAR - um dos principais centros de inovação do Brasil - uma
das soluções apontadas para a retomada do crescimento do setor é investir em
inovação.
Nessa linha,
o CESAR, em parceria com o SEBRAE, lançou a Plataforma Integrada de
Geração de Startups (PIGS). A ideia é ampliar a eficiência de geração de
startups que tem como foco a construção civil. “Quase 10% do PIB nacional é
referente a construção civil e, mesmo assim, é um dos setores que menos investe
nas adoções de novas tecnologias. A necessidade de investir em inovação é
essencial para esta retomada do País”, afirma Péricles Negromonte, analista do
Sebrae que acompanha o projeto.
Para trazer
mais eficiência ao processo de geração de startups, o CESAR desenhou uma
plataforma em três momentos. O primeiro é o levantamento das oportunidades
de inovação através de workshops, entrevistas e observações presenciais junto a
representantes do setor de construção civil, o que fornecerá subsídios para a
estruturação de briefings de inovação. Num segundo momento, serão realizadas
uma série de atividades de exploração dos briefings, como hackathons, summer
jobs e desafios para comunidade empreendedora, para gerar protótipos que
atendam as oportunidades de inovação. No terceiro momento, serão identificadas
e aceleradas cinco startups oriundas da fase de exploração, com investimento
do CESAR, SEBRAE e investidores privados.
Crescimento
e oportunidades para o setor
Além das
startups assistidas na fase de aceleração do programa receberem um aporte de R$
100 mil reais em bolsas, as equipes terão um período de nove meses de
aceleração para desenvolver seus produtos, cujas oportunidades de inovação já
terão sido apontadas e exploradas nas fases anteriores da plataforma. Outro
ponto importante destacado por Negromonte é que também haverá qualificação
de 80 potenciais empresários em métodos e processos de identificação e
exploração de oportunidades de inovação.
Pessoa
esclarece que, neste primeiro momento, o programa terá como foco o estado de
Pernambuco, sede do instituto, mas explica que a ideia é levar as startups para
todo o país. “As mesmas oportunidades de inovação que identificaremos em
Pernambuco acontecem também em todo o Brasil. Ao tentar solucionar e atacar as
oportunidades no segmento de Construção Civil do Estado, as startups terão a
possibilidade de escalar para o País inteiro”, explica.
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