TRF-2 julga pedido de habeas corpus de filho de Jorge Picciani nesta quarta-feira | Rio das Ostras Jornal

TRF-2 julga pedido de habeas corpus de filho de Jorge Picciani nesta quarta-feira

Empresário Felipe Picciani na chegada à sede da PF
 (Foto: Arquivo: Matheus Rodrigues/G1)

Parecer do Ministério Público Federal (MPF) obtido pelo G1 sustenta que Felipe Picciani deve continuar preso. Dois dias antes, o STJ negou liminar pela soltura do pai dele, o presidente afastado da Alerj.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) analisa nesta quarta-feira (7) um pedido de habeas corpus a favor de Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani (PMDB). Os dois foram presos na Operação Cadeia Velha.
Em janeiro, o relator do caso na 1ª Turma Especializada do TRF-2, desembargador Abel Gomes, manteve a prisão. Agora, o caso será analisado por todos os desembargadores da turma.
Como o G1 mostrou na terça (6), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, um dia antes, uma liminar pela soltura do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O esquema teria desviado ao menos R$ 110 milhões. Eles são acusados de lavar dinheiro de propina, pago por empreiteiras e pela Fetranspor para atender os interesses destas corporações na Casa.
De acordo com a defesa da família Picciani, a denúncia não demonstra a ligação de Felipe com a atividade política do pai e o aponta como um empresário de sucesso. Em parecer, o Ministério Público Federal (MPF) discorda e pede para que o habeas corpus seja rejeitado.
Os procuradores alegam que a "organização criminosa está abrigada há anos" no PMDB e "comandada por seus principais caciques, dentre os quais os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi". Todos eles foram presos na Cadeia Velha.
Segundo o MPF, Felipe Picciani tinha "papel de destaque" na empresa de gado da família, a Agrobilara "cujas roupagens legais de comércio (...) viabilizavam contratos fictícios, superfaturados ou subfaturados para a circulação da propina".
Organização atuante desde anos 1990
As investigações do MPF apontaram que o presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani, seu antecessor, Paulo Melo, e o segundo vice-presidente, Edson Albertassi, formam uma organização integrada ainda pelo ex-governador Sérgio Cabral, que vem se estruturando de forma ininterrupta desde a década de 1990.
A Operação Cadeia Velha, uma referência ao prédio histórico da Alerj, é um desdobramento da Lava Jato no Rio e foi desencadeada a partir da Operação Ponto Final, que investiga desvios de verba no transporte público do estado e que contava com a atuação de políticos do estado.
O MPF identificou ainda que a indicação de Albertassi para uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado pode ter sido uma manobra para que a organização criminiosa retomasse espaços perdidos com os afastamentos de conselheiros determinados pelo Superior Tribunal de Justiça.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio

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