a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) protegerá as redes de supermercados. Foto: El Liberal |
Em duas
semanas, pelo menos 30 estabelecimentos e mais de 10 caminhões foram saqueados
em diferentes estados do país. Governo anunciou que obrigará empresas a baixar
preços de volta aos valores cobrados em dezembro.
O governo da
Venezuela anunciou nesta quarta-feira (17) que a Força Armada Nacional
Bolivariana (FANB) protegerá as redes de supermercados, uma decisão divulgada
após inúmeros saques registrados em várias regiões do país.
O ministro de
Interior e Justiça, Néstor Reverol, informou a medida através do Twitter após
um encontro que teve nesta quarta com membros da Associação Nacional de
Supermercados e Auto-serviços (ANSA) e do Comando Estratégico Operacional da
Força Armada (Ceofanb).
"Nesta
reunião avançamos na elaboração do Plano Nacional de Segurança, para prestar
apoio e coordenar ações em matéria de segurança integral às redes de
supermercados e garantir o abastecimento ao povo venezuelano", indicou
Reverol.
O ministro acrescentou
que no marco do programa social de "Abastecimento Soberano", o
governo de Nicolás Maduro continuará "trabalhando pela segurança e defesa
integral" do povo.
O
vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, anunciou na terça que o
governo obrigará as empresas do país a baixar os preços e voltar aos valores
pelos quais vendiam seus produtos em dezembro, após acusar os comerciantes de
"inflar" os preços sem justificativa no início do ano.
Nas duas
primeiras semanas de 2018, pelo menos 30 estabelecimentos foram saqueados em
estados como Guárico, Trujillo e Mérida, enquanto mais de 10 caminhões cheios
de alimentos tiveram a mesma sorte.
O governador de
Mérida, o opositor Ramón Guevara, disse à Agência Efe na semana passada que só
no seu estado estes fatos tinham deixado quatro mortos e 15 feridos, todos por
arma de fogo, e que mais de 200 cabeças de gado tinham sido esquartejadas por
vândalos que invadiram fazendas alegando fome.
A Venezuela registra
escassez de alimentos e remédios há vários anos, um problema que se acentuou
nos últimos meses, quando o país entrou em uma espiral hiperinflacionária.
Por Agencia EFE
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