© Ricardo
Stuckert / Divulgação Ex-presidente confirmou
presença em evento na Etiópia em 26 de
janeiro, dois dias
após o julgamento no TRF-4
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Petistas têm
ponderado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a oportunidade de
uma viagem internacional programada para 26 de janeiro, apenas dois dias depois
de seu julgamento pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
Há pouco mais
de um mês, Lula confirmou sua presença em um debate na cidade de Adis Abeba, na
Etiópia, sobre ações de combate à fome. A previsão é que Lula passe dois dias
na África, 26 e 27 de janeiro.
A confirmação
aconteceu antes de o tribunal marcar para o dia 24 o julgamento do recurso que
apresentou contra sua condenação no caso do tríplex.
Embora a viagem
tenha sido marcada com antecedência, petistas temem que adversários usem essa
agenda para alimentar rumores de que Lula pretende deixar o Brasil em caso de
condenação em segunda instância.
Dirigentes do
PT receiam também que a iniciativa seja associada exclusivamente à FAO
(Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), cujo
diretor-geral, José Graziano, é amigo do ex-presidente Lula.
Segundo
petistas, esse seria um desdobramento de um encontro realizado em 2013 sobre
segurança alimentar que foi organizado pela FAO, pelo Instituto Lula e pela
União Africana. A aliados, Lula afirmou que informará a Justiça sobre esse
compromisso no exterior.
Alguns petistas
têm recomendado que o ex-presidente cancele a viagem para se poupar de
desgastes. Mas, segundo colaboradores, o compromisso está mantido.
Os defensores
da viagem alegam que Lula já tem recusado convites para evitar repercussão
negativa. E esse foi aceito por acontecer em janeiro, um mês considerado
tranquilo no mundo político. A agenda seria ainda uma oportunidade de difundir
internacionalmente a tese da perseguição política.
Para alguns
petistas, porém, a manutenção da viagem poderá provocar constrangimentos, com
risco de retenção de passaporte a pedido da Justiça.
Aliados
divergem também sobre a hipótese de Lula ir a Porto Alegre para assistir ao
julgamento no TRF-4. Como sua presença não é obrigatória, ele tem sido aconselhado
a ficar em São Paulo para se poupar de possíveis contratempos na região Sul,
onde é maior a rejeição ao ex-presidente.
Outros sugerem
que Lula vá a Porto Alegre para participar das manifestações, mesmo que o
volume de militantes fique aquém das expectativas. Com informações da
Folhapress.
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