Antonio
Ledezma, que fugiu de prisão domiciliar e foi para
a Espanha,
foi eleito prefeito de Caracas em 2008 e reeleito
em 2013 (Foto: Evaristo Sa / AFP)
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Decreto
alega que entidade 'perdeu razão de existir' após implementação do Governo do
Distrito Capital da República, que assumiu suas competências. Cargo foi ocupado
até 2015 por Antonio Ledezma e não foi submetido à eleição em votação de 10 de
dezembro.
A Assembleia
Constituinte venezuelana decidiu nesta quarta-feira (20) eliminar a prefeitura
de Caracas, governada na última década pela oposição, alegando que ela deixou
de cumprir o papel para o qual foi criada.
Mediante um
decreto, o órgão que rege o país como um suprapoder e integrado apenas pela
situação, também suprimiu a prefeitura do Distrito Alto Apure, sob o controle
de um dissidente do chavismo.
O constituinte
Juan Carlos Alemán assegurou que a entidade da capital perdeu sua razão de
existir depois da implementação do chamado Governo do Distrito Capital da
República, que assumiu suas competências.
Tanto a
prefeitura metropolitana, como o governo da capital, foram criados pela
Constituição de 1999, que será reescrita, mas a eliminação de competências da
primeira é considerada pela oposição como uma maneira de boicotear seu
trabalho.
"O medo do
governo é ter na prefeitura um funcionário com mais popularidade que o
presidente", disse à AFP Diego Arria, ex-governador de Caracas, cargo que
não existe mais.
A prefeitura
foi assumida por Antonio Ledezma em 2008, sendo reeleito por mais cinco anos em
2013. Entretanto, em fevereiro de 2015 ele foi detido, acusado de conspirar
contra o presidente Nicolás Maduro, e no mês passado escapou de sua prisão domiciliar para a
Espanha.
O cargo não foi
submetido a eleição na votação de
10 de dezembro convocada pela Constituinte.
Por France Presse
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