Vereadores do Rio querem votar em 2018 projeto para armar a Guarda Municipal | Rio das Ostras Jornal

Vereadores do Rio querem votar em 2018 projeto para armar a Guarda Municipal

Ideia de parlamentares a favor do armamento é levar a proposta ao plenário da Casa em fevereiro. Emenda à Lei Orgânica da cidade precisaria dos votos de 34 parlamentares.
Câmara realiza audiência pública para debater armamento da Guarda Municipal (Foto: Cássio Bruno/G1)
Um dia depois de os moradores de Niterói recusarem, por meio de um plebiscito, o uso de armas pela Guarda Municipal, a Câmara de Vereadores do Rio realizou nesta segunda-feira (30) a primeira audiência pública para debater o assunto.
O encontro ocorreu no plenário da Casa e foi promovido pela Comissão Especial de Segurança Pública da Casa. O objetivo é pôr em votação em fevereiro do ano que vem um projeto de lei. Como se trata de uma emenda na Lei Orgânica da cidade, é necessário o apoio de 34 dos 51 vereadores, ou seja, dois terços dos votos favoráveis.
A sessão foi coordenada pelo vereador Jones Moura (PSD), que é guarda municipal e presidente da comissão. Ele é a favor do armamento da GM e será o autor do projeto de lei que irá para votação.
"Segurança pública não é uma obrigação da União e do governo do estado apenas. É do município também. Não queremos promover uma carnificina humana, matando trabalhadores nas ruas. A proposta não é essa. Estamos falando de um equipamento (armas) que vai para as mais de pessoas certas como segurança de forma preventiva", disse Jones Moura.
O vereador aproveitou para fazer críticas ao prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PV), pela realização do pebliscito: "Ele jogou para a galera. Teve a incapacidade de tomar uma decisão séria que ele deveria tomar. Foi eleito para isso", completou.
A inspetora geral da Guarda Municipal do Rio, Tatiana Mendes, também se mostrou favorável ao armamento de sua tropa de cerca de 7.500 guardas. No entanto, ela ressaltou que, para isso, é fundamental o treinamento, a capacitação e, principalmente, uma orientação psicológica aos agentes.
"Não podemos armar de qualquer maneira. É preciso haver uma capacidade intelectual. A GM é o policiamento preventivo. Não é para subir morros e enfrentar bandidos", opinou Tatiana.
O secretário municipal de Ordem Pública, coronel da Polícia Militar Paulo César Amêndola, afirmou que o prefeito Marcelo Crivella (PRB) "está convencido da necessidade de armar a guarda municipal".
"A situação do Rio é peculiar. A GM sempre foi desarmada e os ex-prefeitos nunca foram a favor do armamento. O Crivella é a favor", disse Amêndola.
Apesar de ser um debate, a plateia era formada por guardas municipais de cidades como São Gonçalo, Magé, Niterói e Campos, representantes de associações de moradores, policiais federais, entre outras autoridades.
Em duas horas de reunião, não houve discurso contra o armamento da guarda municipal do Rio. Dos 51 vereadores, apenas cinco participaram, sendo que quatro deles fazem parte da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Nenhum parlamentar que se diz contra a iniciativa estiveram no encontro.
Durante o evento, foram apresentados vídeos de exemplos de cidades onde a guarda municipal atua com arma de fogo, com depoimento de autoridades desses locais e índices de criminalidade.

Por Cássio Bruno, G1 Rio
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