© Tomaz
Silva/Arquivo/Agência Brasil Rio de Janeiro - Ato na
Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, lembra os
dois mortos há
um ano na queda de parte do equipamento
(Tomaz
Silva/Agência Brasil)
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O Ministério
Público do Rio de Janeiro (MPRJ) é contrário à reabertura da Ciclovia Tim
Maia, na zona sul da capital fluminense, mesmo após as obras feitas no local
depois que uma parte da estrutura desabou em abril de 2016, matando duas
pessoas.
Segundo
relatório do Grupo de Apoio Técnico do MPRJ, “as obras realizadas pelo
consórcio responsável pela ciclovia não são suficientes para garantir um mínimo
de segurança, não tendo sido sequer precedidas dos necessários estudos
hidrológicos”. O grupo realizou vistoria no local e constatou que ainda há
diversos pontos de corrosão e falhas na estrutura da ciclovia.
“Faz-se
imprescindível, pois, a continuação do estudo do impacto das ondas, realizado
para a região do sinistro, em toda zona costeira entre Praia do Pepino até o
Viaduto Rei Alberto – Gruta da Imprensa”, alerta o documento encaminhado à 9ª
Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro. A vistoria identificou diversas
localidades com relevo rochoso similar ao do local onde ocorreu o desabamento.
De acordo com o documento, a tragédia poderia se repetir, diante da não
realização dos estudos hidrológicos necessários, da corrosão e do mau estado
das estruturas de suporte da ciclovia.
Os estudos
hidrológicos a que o Ministério Público se refere foram indicados como
indispensáveis à segurança da ciclovia pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Hidroviárias (INPH), que realizou estudos preliminares para a prefeitura do Rio
de Janeiro, sem custos. O INPH informou, no entanto, que a continuidade do
diagnóstico, com a coleta de dados de batimetria (que medem a profundidade dos
oceanos, rios e lagos) e de ondas, demandaria custos que não foram arcados pelo
município, o que inviabilizou a realização de estudo aprofundado sobre a
dinâmica do local.
Nos autos do
processo, a prefeitura e o consórcio Contemat-Concrejato, responsável pela
construção da ciclovia, fizeram impugnações ao laudo de vistoria realizado pelo
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea).
Entretanto, antes que o Crea se pronunciasse, o consórcio realizou as obras.
Além da continuidade dos estudos, o Ministério Público pediu à Justiça a
intimação do Crea para se manifestar sobre a situação da ciclovia.
A Agência
Brasil entrou em contato com a prefeitura do Rio sobre o relatório do
Ministério Público, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.
Agência
Brasil
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