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A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recomendou ao Supremo Tribunal
Federal (STF) manter, por tempo indefinido, a prisão do empresário Joesley
Batista, um dos sócios da J&F, e do executivo da empresa Ricardo Saud. O
documento foi protocolado na sexta-feira (6) e disponibilizado nesta segunda
(9) pelo STF.
A procuradora
já havia se manifestado pela manutenção
da prisão do empresário Wesley Batista, irmão de Joesley e um dos donos
da JBS.
Presos desde o
início do mês passado, eles são suspeitos de obter ajuda do então procurador
Marcello Miller para fechar o acordo de delação premiada, o que teria ainda
sido omitido no acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR).
Os advogados de
Joesley e Saud pediram a liberdade,
alegando que os dois contribuíram efetivamente para as investigações, negando
que estariam omitindo informações – a revelação de que Miller trabalharia para
os executivos surgiu numa gravação entregue em agosto pela J&F.
Dodge, no
entanto, disse haver indícios de que houve omissão “intencional, premeditada e de
má-fé” por parte dos delatores. Ela defendeu a manutenção da prisão para evitar
risco de cometimento de novos crimes e de prejuízo às investigações.
“A ocultação de
fatos criminosos gravíssimos que, ao que tudo indica, eram de conhecimento do
agravante, evidencia um jogo de sombras para esconder determinadas verdades, de
forma a revelar má-fé na atuação do colaborador e o grave risco a que está
exposta a instrução criminal e o sucesso das investigações”, escreveu Dodge no
documento.
A análise
caberá ao ministro Edson Fachin, que determinou as prisões no dia 8 de
setembro, a pedido do então procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Em relação a
Miller, Dodge entende que, como procurador, ele efetivamente teria orientado os
delatores, quando ainda integrava a PGR. “As evidências encontradas não dizem
respeito apenas à possível atuação ilícita do ex-procurador da República
Marcello Miller, o áudio e seu conteúdo demonstram, também, que os
colaboradores estão agindo de forma orientada e que seus depoimentos buscam
esclarecer de forma homogênea apenas os fatos que lhes interessam expor”, diz o
parecer.
Dodge também
levou em conta o “grande poder econômico” de Joesley, que “conta com
propriedades, contas e residência no exterior”, o que evidencia, para a PGR, “clara
possibilidade de ocultação de bens e provas no estrangeiro, além de um fundado
risco de fuga”.
Não há data
para Fachin decidir sobre o recurso contra a prisão.
Na semana
passada, Dodge defendeu também manter preso Wesley Batista, irmão de Joesley e sócio
da J&F. Ele foi preso pouco depois de Joesley, em setembro, mas pela
suspeita de usar a delação para lucrar no mercado financeiro.
Por Renan Ramalho, G1, Brasília
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