Homem
observa imagem do presidente americano, Donald Trump,
e do líder
norte-coreano, Kim Jong-un, em Seul, na Coreia do Sul
(Foto: Ahn Young-joon/ AP)
|
Kim In Ryong
falou a comitê de desarmamento das Nações Unidas.
O embaixador
adjunto da Coreia do Norte nas Nações Unidas, Kim In Ryong, disse nesta
segunda-feira (16) que a situação na Península Coreana atingiu um ponto em que
"uma guerra nuclear pode começar a qualquer momento".
Kim afirmou ao
comitê de desarmamento da Assembleia Geral da ONU que a Coreia do Norte é o
único país do mundo que foi submetido a "uma ameaça nuclear tão extrema e
direta" dos Estados Unidos desde a década de 1970, e argumentou, ainda,
que o país tem o direito de possuir armas nucleares para defesa própria.
Ele apontou a
realização de exercícios militares anuais em larga escala usando "ativos
nucleares" e disse que o mais perigoso é o que chamou de um plano
americano para uma "operação secreta destinada a remover nossa liderança
suprema".
Neste ano,
disse Kim, a Coreia do Norte completou sua "força nuclear do Estado e, por
isso, tornou-se potência nuclear plena que possui meios de ataque de diferentes
alcances, incluindo a bomba atômica, a bomba H e os foguetes balísticos
intercontinentais".
"Todo o
continente americano está dentro do nosso alcance de disparo, e se os Estados
Unidos se atreverem a invadir nosso território sagrado uma polegada sequer, não
escaparão de punição severa em qualquer parte do globo", advertiu.
O discurso de
Kim acontece após ameaças crescentes entre a Coreia do Norte e os Estados
Unidos, além de sanções da ONU cada vez mais duras.
anções
O presidente
russo, Vladimir Putin, disse na segunda-feira que seu país está restringindo
laços econômicos, científicos e outras relações com a Coreia do Norte, de
acordo com as sanções da ONU. A União Europeia anunciou novas sanções contra
Pyongyang pelo desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos.
O secretário de
Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse no domingo que os esforços diplomáticos
destinados a resolver a crise norte-coreana "continuarão até a primeira
bomba cair". Seu compromisso com a diplomacia veio apesar dos tuítes do
presidente Donald Trump dizendo que seu enviado-chefe para o tema estava
"desperdiçando seu tempo" tentando negociar com o líder norte-coreano
Kim Jong-Un, a quem ele se refere como "homenzinho do foguete".
O embaixador
adjunto da Coreia do Norte na ONU classificou o arsenal nuclear e de mísseis de
seu país como "um ativo estratégico precioso que não pode ser revertido ou
trocado por nada".
"A menos
que a política hostil e a ameaça nuclear dos Estados Unidos sejam completamente
erradicadas, nunca colocaremos nossas armas nucleares e foguetes balísticos na
mesa de negociação, sob nenhuma circunstância", disse Kim.
Ele disse ao
comitê de desarmamento que a República Popular Democrática da Coreia - nome
oficial da Coreia do Norte - esperava um mundo sem armas nucleares.
Em vez disso,
Kim disse que todos os estados nucleares estão acelerando a modernização de
suas armas e "revivendo uma corrida armamentista nuclear que lembra a era
da Guerra Fria". Ele observou que os Estados que detêm armas nucleares,
incluindo os Estados Unidos, boicotaram negociações para o Tratado sobre a
Proibição de Armas Nucleares, aprovado em julho por 122 países das Nações
Unidas.
"A Coreia
do Norte apoia consistentemente a eliminação total das armas nucleares e os
esforços para a desnuclearização do mundo inteiro", afirmou. Mas, enquanto
os Estados Unidos rejeitarem o tratado e "constantemente ameaçarem e
chantagearem a Coreia do Norte com armas nucleares, não estamos em posição de
aderir ao tratado".
Por Associated Press
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!