O presidente da
Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (5) que se criou uma
"histeria militar" em relação à Coreia do Norte que pode levar a uma
"catástrofe planetária com um grande número de vítimas".
No domingo (3),
Pyongyang voltou a preocupar a comunidade internacional ao realizar o seu sexto
teste nuclear, afirmando ter explodido com sucesso uma bomba de hidrogênio.
Putin, que
participa na China da reunião da cúpula anual dos Brics -grupo formado por
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- afirmou que o governo russo
condena os exercícios norte-coreanos, mas que a aplicação de novas sanções a
Pyongyang é "inútil e ineficaz".
"Uma
histeria militar não faz nenhum sentido. Tudo isso pode levar a uma catástrofe
planetária e a um grande número de vítimas", afirmou o presidente russo.
Após o sexto
teste nuclear de Pyongyang, o governo dos Estados Unidos, seus aliados europeus
e o Japão anunciaram na segunda (4) que negociam severas sanções da ONU contra
a Coreia do Norte. Mas a posição da China e da Rússia -ambas com direito de
veto no Conselho de Segurança da ONU- ainda é incerta.
A ameaça norte-coreana
também pode levar Tóquio a fabricar uma bomba atômica. O país oficialmente
rejeita ter capacidade nuclear mas, com os testes norte-coreanos, o assunto
continua em pauta no país.
"Os
norte-coreanos não vão renunciar do seu programa nuclear caso não sintam que
estão em segurança. Portanto é necessário abrir um diálogo entre as partes
interessadas", disse Putin.
Trump, que
prometeu no mês passado "fogo e fúria" caso Pyongyang continuasse
ameaçando Washington, afirmou no domingo que, a partir de então, "qualquer
discurso de apaziguamento" não funcionaria mais com a Coreia do Norte.
Como resposta
ao teste nuclear de domingo, a Coreia do Sul iniciou na segunda novas manobras
terrestres com munição real. A Marinha sul-coreana organizou exercícios também
nesta terça-feira.
Segundo a
embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Hakey, um novo pacote
de sanções apresentado por Washington será negociado nos próximos dias, antes
de ser votado no Conselho de Segurança em 11 de setembro. Ela afirmou também
que a Coreia do Norte está "implorando por guerra".
A Coreia do
Norte, por sua vez, afirmou que os EUA vão receber mais "pacotes de
presente" enquanto "provocações imprudentes e tentativas fúteis de
colocar pressão" sobre Pyongyang continuarem. (Folhapress)
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