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REUTERS/Ueslei Marcelino Ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
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SÃO PAULO — O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que
considera a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra integrantes do
PT “uma ação política” e fruto do “perseguição”.
“A denúncia da PGR, sem qualquer
fundamento, é uma ação política. É o auge da campanha de perseguição contra o
ex-presidente Lula movida por setores partidarizados do sistema judicial”,
disse a nota.
Ainda de acordo com assessoria do
ex-presidente, a denúncia foi anunciada nesta terça-feira “para tentar criar um
fato negativo no dia em que Lula conclui sua vitoriosa jornada pelo Nordeste”.
O ex-presidente encerrou nesta terça-feira em São Luís, no Maranhão, a sua
caravana de 19 dias pelos nove estados do Nordeste.
O advogado Cristiano Zanin, que
defende Lula, disse não conhecer o teor da denúncia. “É mais um exemplo de mau
uso das leis para perseguir o ex-presidente Lula, que não praticou qualquer
crime e muito menos participou de uma organização criminosa. É mais um ataque
ao Estado de Direito e a democracia. O protocolo dessa denúncia na data de hoje
sugere ainda uma tentativa do MPF de mudar o foco da discussão em torno da
ilegalidade e ilegitimidade das delações premidas no país”, afirmou o defensor.
A assessoria de imprensa da
ex-presidente Dilma Rousseff, em nota, afirmou que a denúncia apresentada pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não apresenta provas ou indícios
da materialidade de crime e que “o chefe do Ministério Público Federal oferece
denúncia ao Supremo Tribunal Federal sem qualquer fundamento”.
O texto diz que caberá ao STF
garantir o amplo direito de defesa, reparando a verdade e rejeitando a
denúncia. Afirma ainda que a “justiça será feita e não prevalecerá o Estado de
Exceção” e que “não há mais espaço para a Justiça do Inimigo”.
PT DIZ QUE JANOT QUER DESVIAR
FOCO
O PT também divulgou nota em
considerou a denúncia “uma tentativa do atual procurador-geral de desviar o
foco de outras investigações, que também envolvem um membro do Ministério
Público Federal, no momento em que ele se prepara para deixar o cargo”. “Não há
fundamento algum nas acusações contra o Partido dos Trabalhadores. Desde o
início das investigações da Lava-Jato, o PT vem denunciando a perseguição e a
seletividade de agentes públicos que tentam incriminar a legenda para
enfraquecê-la politicamente. Esperamos que essas mentiras sejam tratadas com
serenidade pela justiça brasileira, e terminem arquivadas como já ocorreu com
outras denúncias sem provas apresentadas contra o partido”, afirmou a nota da
legenda.
A presidente do PT, senadora
Gleisi Hoffman (PR), também avaliou que a denúncia tem o objetivo de
criminalizar o PT. “Tomei conhecimento da denúncia ao mesmo tempo em que foi
divulgada à imprensa. É uma denúncia sem qualquer fundamento. Busca
criminalizar a política e o Partido dos Trabalhadores no mesmo momento em que
malas de dinheiro são descobertas e membro do Ministério Público é envolvido em
denúncias", disse nota da assessoria da senadora.
A defesa de seu marido, o
ex-ministro Paulo Bernardo, declarou ter sido surpreendida pela iniciativa da
PGR. “A defesa de Paulo Bernardo informa que não teve conhecimento da denúncia
e sequer sabia que existia uma investigação para apurar essas supostas
condutas.”
'TUDO DENTRO DA LEI', DIZ VACCARI
A defesa do ex-tesoureiro do PT,
João Vaccari Neto, classificou a denúncia da PGR como "surpreendente"
e "improcedente". Em nota, o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso
afirmou que: "Vaccari, enquanto tesoureiro do PT, cumpriu seu papel, de
solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram
depositadas na conta bancária partidária, com respectivo recibo e a prestação
de contas às autoridades competentes, tudo dentro da lei e com absoluta
transparência". D'Urso disse que acredita que as acusações feitas contra
Vaccari serão rejeitadas.
O advogado Fábio Tofic,
responsável pela defesa do ex-ministro Guido Mantega, lembrou as dúvidas
levantadas pela revelação de gravações que a JBS não havia entregue à PGR e que
podem cancelar a delação do empresário Joesley Batista. "É no minimo
contraditório que num dia histórico, quando o Brasil se depara com a desfaçatez
dos delatores, e sua disposição ao teatro e à dissimulação, a PGR resolva
oferecer denúncia usando como prova basicamente palavra de delatores, antes de
empreender uma apuração mínima para saber se as acusações possuem algo elo com
a realidade".
O advogado Adriano Bretas, que
representa o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que não vai se pronunciar
agora. "Vou me manifestar nos autos do processo, quando tomar conhecimento
formal da denúncia", disse, por meio de nota.
Já o ex-ministro e ex-tesoureiro
da campanha de Dilma em 2014, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, afirmou
que sempre agiu de forma ética e legal, que não tem dúvidas de que todos os
fatos serão esclarecidos e que a Justiça vai prevalecer.
Agência O Globo
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