![]() |
Polícia
encontrou fuzis no Galeão em junho; Comando
do Exército
definirá para onde vão as armas.
(Foto: Divulgação)
|
Após fim de perícias, armas
terão destino definido pelo comando do Exército. Em decisão, juíza ressalta que
são todas 'armas de guerra'.
Os 60 fuzis apreendidos durante
operação da Polícia Civil do Rio no aeroporto do Galeão, em junho, poderão em
breve ser utilizados pela polícia do Rio, como já haviam pedido os
delegados responsáveis pela apreensão . Entre as armas, estão 14 fuzis
AR-10, 45 fuzis AK-47, um fuzil G3, além de uma pistola Glock G19. A justiça
ressalta que são todas armas de guerra e que tiveram numeração raspada ou
apenas parcialmente recuperada.
Na decisão da juíza Valeria Caldi
Magalhães, da 8ª Vara Federal Criminal, ela determina a "imediata remessa
ao comando do Exército, para que este decida sobre a destinação das referidas
armas. "
No documento, a juíza explica que
o Ministério Público Federal já havia opinado favoravelmente a respeito, mas
que as armas precisavam ser periciadas. A decisão, então, foi suspensa.
Com a perícia concluída, segundo
ela, fica o comando do Exército responsável por "elaborar parecer sobre a
necessidade de destruição ou a possibilidade de destinação das mesmas a órgãos
de segurança pública".
As armas, depois de verificada a
necessidade de destinação do armamento e atendidos os critérios de prioridade
estabelecidos pelo Ministério da Justiça e Cidadania, serão catalogadas e uma
relação será entregue a um juiz no prazo de 20 dias.
Segundo ela, a decisão será do
comando do exército porque o controle de ingresso e utilização das armas de
fogo em território brasileiro é feito pelos órgãos nacionais de segurança
pública e pelas Forças Armadas. A decisão foi publicada na última terça-feira
(29).
Maior apreensão em 10 anos
No dia 1 de junho, policiais da
Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da
Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) realizaram a maior
apreensão em 10 anos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do
Rio.
Os fuzis, vindos de Miami (EUA),
estavam dentro de containers junto com uma carga de aquecedores para piscinas.
A investigação da Polícia levou ao nome de Frederik Barbieri. "A
investigação revelou que Frederik é o maior traficante de armas do
Brasil", afirma o delegado Maurício Mendonça, da Delegacia de Roubos e
Furtos de Cargas.
Ao Fantástico, Barbieri
negou que seja traficante, e disse que tem outros negócios nos Estados
Unidos.
Somente após a apreensão no Rio é
que o nome de Frederik Barbieri foi incluído na lista da Interpol pelo caso
ocorrido em 2010. "Vão tentar me extraditar, só que eu volto a dizer: eu
sou cidadão americano", ressalta ele, que termina a conversa acusando
policiais de estarem envolvidos com o envio dos fuzis de Miami para o Rio: "São
policiais civis. E aí, para não dizer que era deles, é mais fácil dizer que era
meu".
Além de Barbieri, são citados no
processo na Justiça Federal, como réus, outras 16 pessoas. Na operação, quatro
pessoas foram presas.
Por Henrique Coelho, G1 Rio

0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!