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Taxistas
começam a chegar na sede da Prefeitura
do Rio
(Foto: G1 Rio)
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Um grupo ateou fogo em
barricadas em ato no aeroporto. Segundo a prefeitura, foram encontrados pregos
e vergalhões para furar pneus. Ato é contra apps de transporte de passageiros.
Taxistas se concentraram em
diferentes pontos do Rio, desde as primeiras horas desta quinta-feira (27),
para um protesto cobrando regras de regulamentação dos aplicativos de
transporte de passageiros, como Uber, Cabify e 99. Os grupos saíram de várias
regiões por volta das 7h em direção à Prefeitura do Rio, onde está previsto que
todos se encontrem para a manifestação.
Taxistas começam a chegar na sede
da Prefeitura do Rio (Foto: G1 Rio)
O Sambódromo, perto da sede do
governo municipal, foi liberado para estacionamento de taxistas, na tentativa
de evitar que o trânsito fique ainda mais impactado com o protesto.
De acordo com o Centro de
Operações da Prefeitura, o trânsito chegou a 55 quilômetros na cidade por volta
das 9h30. O normal para o horário seria de 31 quilômetros.
Os taxistas se reuniram bem cedo
em bairros como Copacabana, Barra, Del Castilho, Tijuca, Irajá, Realengo e Ilha
do Governador. De lá, os veículos seguiram por vias como Estrada do Galeão,
Linha Vermelha, Av. Brasil, Av. Dom Hélder Câmara, Av. das Américas e Túnel
Rebouças, até a região da Cidade Nova, onde fica a prefeitura. Algumas
carreatas tinham carros de som.
Entenda as reivindicações dos
taxistas no Rio
Segundo o Centro de Operações, os
organizadores se comprometeram a não bloquear vias e acessos aos aeroportos da
cidade, em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (26), com
representantes da prefeitura e do governo estadual. A Secretaria de Ordem Pública
ameaçou multar em R$ 5 mil quem interditar as ruas.
Na maioria da vias por onde
passaram, os taxistas deixaram pistas abertas para a circulação do tráfego,
circulando em fila indiana. Mesmo assim, devido ao grande número de
manifestantes, o trânsito foi impactado em várias áreas. Na Leopoldina, houve
interdição temporária por volta das 7h30, para a passagem de taxistas.
Protesto em via no RJ tem confusão
entre taxistas e motorista de aplicativo
Confusões
As equipes de reportagem do G1, da
TV Globo e da GloboNews flagraram algumas confusões durante as
manifestações.
Pouco antes das 9h, um homem teria
provocado os taxistas que passavam em comboio pela Linha vermelha, na altura de
São Cristóvão, afirmando que era motorista de um aplicativo de carros
particulares, causando reação dos motoristas. De acordo com a repórter Bárbara
Carvalho, eles chegaram a trocar tapas e socos e os ânimos ficaram exaltados (veja
no vídeo acima).
No mesmo local, o cinegrafista
Roberto Carlos filmou homens com ovos na mão. Segundo informações no local, os
ovos eram lançados em táxis que passavam na direção contrária, ou seja, sem
participar do protesto.
Na Leopoldina, o cinegrafista
Gabriel Mira e a repórter Fernanda Rouvenat flagraram o momento em que um homem
que participava da manifestação chutou a porta de dois táxis que passaram sem
aderir ao ato (veja abaixo).
Barricada
No começo da manhã, um grupo
chegou a atear fogo em barricadas no entorno do aeroporto Santos Dumont. Eles
também chegaram a jogar um ovo dentro de um carro do Uber que levava um passageiro
para o aeroporto. Às 6h15, o trânsito foi liberado e os focos de incêndio,
apagados.
Os taxistas também protestaram na
área de embarque do aeroporto e chegaram a bater nos vidros e nos capôs de
carros que prestam serviços para aplicativos como Uber e Cabify. De acordo com
o Centro de Operações, foram encontrados pregos e vergalhões para furar os
pneus dos carros. Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar reforçam a
segurança no local.
xistas convocam manifestação
contra aplicativos de transporte de passageiros
Reivindicações
Os taxistas dizem que não são
contra os aplicativo, mas querem que as regras de regularização dos veículos a
que os táxis são submetidas sejam aplicadas também aos motoristas de
aplicativos. Ricardo Telles, representante do Sindicato dos Taxistas,
reivindicou mais participação do poder público.
"A nossa reivindicação é
isso: queremos que tenha critério na regulamentação. Discutimos durante tempos
sentar à mesa com o prefeito para discutir alguma coisa que passe pelo respeito
a essa profissão centenária, que somos nós, taxistas. Não fomos ouvidos.
Existem algumas normas da prefeitura que, se propagadas, condenam
definitivamente a nossa profissão. O que nós queremos é respeito, dignidade e
regras iguais, tanto para o taxista profissional regulamentado quanto para esse
novo modal que, entendemos se é a vontade do cliente, do usuário, não somos nós
para dizer o contrário. Mas que sejam regulamentados, com as devidas
restrições", explicou Telles.
A Secretaria de Ordem Pública
(Seop) emitiu nota sobre o ato. O órgão diz que que respeita o livre direito à
manifestação conforme estabelece a Constituição.
"Contudo, cabe ressaltar a
importância de garantia do direito de ir e vir aos cidadãos, também definido na
Carta Magna", acrescenta a secretaria. "Nesse sentido, a adoção de
medidas punitivas, dentre as quais a aplicação de multas, só será colocada em
prática como último recurso e com o objetivo de garantir o cumprimento da
lei", conclui o texto.
Por G1 Rio
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