Leopoldo
López comemora com bandeira da Venezuela
no sábado (8) em sua casa em Caracas (Foto:
Juan Barreto/AFP)
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Luiz Almagro telefonou a líder
oposicionista venezuelano que cumpre prisão domiciliar. Dupla diz que
Assembleia Constituinte de Maduro representa ‘desmantelamento final’ da
democracia no país.
O secretário-geral da Organização
dos Estados Americanos, Luis Almagro, e o líder da oposição venezuelana
Leopoldo López, concordaram na necessidade urgente de “trabalhar pelo retorno
da democracia na Venezuela e pela recuperação dos direitos do povo venezuelano”.
Segundo um comunicado da OEA,
Almagro telefonou nesta quarta-feira (12) para López, que cumpre prisão
domiciliar depois de ser
transferido de uma prisão militar no último sábado.
Durante a conversa, os dois também
discutiram a “necessidade urgente” de cessar a repressão no país, publicar um
calendário eleitoral completo, restaurar completamente os poderes da Assembleia
Nacional e libertar todos os prisioneiros políticos, incluindo nesse ponto a
libertação completa do próprio Leopoldo López, preso há mais de três anos.
Os dois expressaram ainda
preocupação em relação à manutenção da Assembleia Nacional Constituinte convocada
pelo presidente Nicolás Maduro, cujas eleições serão realizadas no dia 30 de julho. O Tribunal Supremo de Justiça
da Venezuela considerou que o chefe de Estado exerce 'indiretamente' a
soberania popular e deu a ele o poder de convocar a assembleia sem consulta prévia em referendo.
Ainda assim, a oposição
venezuelana convoca a população para uma votação em um plebiscito simbólico no
próximo domingo, 16 de julho. A importância desse ato também foi discutida no
telefonema, segundo a OEA. Para Almagro e López, a nova Constituinte de Maduro
representaria “o desmantelamento final da democracia” na Venezuela.
Prisão domiciliar
Leopoldo López deixou a prisão
militar de Ramo Verde no sábado (8). O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da
Venezuela confirmou a prisão domiciliar, e disse que a concessão foi feita por
causa de problemas de saúde de López. O pai do líder político disse que ele
agora usa uma tornozeleira eletrônica e declarou que a família toda está
"muito feliz".
López, de 46 anos, foi preso há
mais de três anos durante os protestos exigindo a renúncia de Maduro, que
deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014. Ele foi condenado em 2015 a quase 14 anos de
prisão sob a acusação de "incitação à violência".
Visita de Zapatero
Nesta quarta, o ex-chefe do
governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero visitou López em sua casa em
Caracas.
"Ex-presidente Zapatero
visita Leopoldo López em casa. Leopoldo López transmitindo mensagem firme da
luta pela liberdade de toda a Venezuela", anunciou no Twitter Freddy
Guevara, vice-presidente do Parlamento venezuelano, controlado pela oposição.
Guevara destacou que López também
conversou por telefone nesta quarta com o chefe de governo espanhol, Mariano
Rajoy, além de Luis Almagro da OEA.
Por G1
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