O
ex-ministro Geddel Vieira Lima
(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Arquivo)
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Ex-ministro é suspeito de agir
para atrapalhar investigações da Operação Cui Bono. Para defesa, prisão é
desnecessária porque Geddel se viu 'injustamente enredado no bojo' da apuração
da PF.
Preso por determinação da Justiça,
o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) chegou a
Brasília no início da madrugada desta terça-feira (4) e foi levado para a
superintendência da Polícia Federal.
Mais cedo, nesta segunda, Geddel
foi preso na Bahia por decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara
da Justiça Federal do Distrito Federal.
O peemedebista é suspeito de agir
para atrapalhar investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na
liberação de crédito da Caixa Econômica – o ex-ministro foi vice-presidente de
Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff.
A investigação se concentra no
período em que Geddel ocupou o cargo e teve origem na análise de conversas
registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Após a prisão, a defesa de Geddel
divulgou nota na qual afirmou que o decreto de prisão é
"desnecessário" e criticou a investigação.
O advogado Gamil Föppel disse,
ainda, que há "uma preocupação policialesca muito mais voltada às
repercussões da investigação para grande imprensa, do que efetivamente a
apuração de todos os fatos".
Leia também: Para oposição, prisão
de Geddel piora situação de Temer; aliados minimizam
Saída do governo
Ex-deputado e ex-ministro dos
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, Geddel era um principais
nomes do PMDB no governo até pedir demissão, em novembro do ano passado, depois
de supostamente ter pedido a intervenção do então ministro Marcelo Calero (Cultura)
para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador.
À época, ele negou que tivesse
feito pressão sobre Calero. No governo Temer, Geddel era um dos principais
responsáveis pela articulação política com deputados e senadores.
Nesta segunda, sem citar o nome de
Geddel, Marcelo Calero disse no Twitter após a prisão sonhar com o dia em que,
no Brasil, os "desonestos responderão por seus atos".
Por TV Globo, Brasília
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