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SÃO PAULO - Diversas vezes durante
as audiências com os advogados de Lula, o juiz federal Sérgio Moro mostrou que
sabe dar uma "cutucada" quando é necessário. Desta vez, o magistrado
rebateu o empresário Milton Schahin, do Grupo Schahin.
Em depoimento, o empresário
confirmou que pagou US$ 2,5 milhões em propinas ao operador Jorge Luz. Nas
considerações finais de seu depoimento, Milton, que é réu na ação, disse que
sua conduta não prejudicou a Petrobras.
"Gostaria de dizer em síntese
que não dei nenhum prejuízo para a Petrobras, continuei fazendo meu trabalho
com boa performance. Atestado pela própria fiscalização da Petrobras. E estou
fazendo esse trabalho de forma correta. A própria Petrobras reconhece que não
houve superfaturamento", afirmou o empreiteiro.
Neste momento, Moro não se conteve
e interrompeu a fala: "Certo senhor Milton, mas pagar propina para os
agentes não era justificável". O empresário decidiu insistir em sua
defesa: "Como eu lhe disse excelência, sinto que não prejudiquei a
Petrobras". “Tá bom senhor Milton”, encerrou Moro de forma direta e
irônica.
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