© Rodolfo
Buhrer O ex-presidente Lula faz discurso na praça
Santos
Andrade, que reúne militantes favoráveis a ele,
no centro de Curitiba
|
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve
ser a principal estrela de manifestação
na Avenida Paulista, em São Paulo, no final da tarde de quinta-feira,
dia 20, que terá como tema central o protesto contra sua condenação à prisão
pelo juiz Sergio Moro por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo da Operação Lava Jato.
A presença dele no evento foi
anunciada por uma das organizadoras do protesto, a Frente Brasil Popular,
congregação de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos e grupos de
esquerda. A ex-presidente Dilma
Rousseff (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também deverão ir à
manifestação, prevista para as 17h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo
(Masp), tradicional palco de protestos na capital paulista.
A última vez que Lula discursou em
ato público também foi em episódio envolvendo Moro: em Curitiba no dia 10 de
maio, logo após ele prestar depoimento como réu ao juiz no mesmo processo
envolvendo o tríplex do Guarujá no
qual foi condenado. Antes, havia discursado na mesma Paulista no dia 15 de
março em ato contras reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Segundo a Frente Brasil Popular,
nesta quinta-feira haverá atos em outros 19 estados, quase todos entre o final
da tarde e o início da noite. Os principais deverão ocorrer na Cinelândia (Rio), Praça dos Três Poderes (Brasília), Praça Afonso Arinos (Belo
Horizonte) e Esquina Democrática (Porto
Alegre).
A manifestação está sendo
convocada pelas redes sociais com o uso das hashtags #LulaEuConfio e #EleiçãoSemLulaÉFraude. Apesar de o
desagravo ao petista ser o principal mote para os protestos, também estarão em
destaque na pauta o “Fora Temer” e a oposição às reformas propostas por ele,
como a da Previdência.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse ao site
da entidade, que “não se trata de defender apenas a figura ou o legado do
ex-presidente, mas também o funcionamento democrático e igualitário da Justiça
brasileira e os direitos sociais, previdenciário e trabalhista. “”Para a casa
grande, Lula representa o perigo de um governo popular e trabalhista voltar ao
poder e restabelecer a democracia, a igualdade, a distribuição de renda, a
justiça e a inclusão social”, afirmou.
Também ao site da CUT, Guilherme Boulos, líder do Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) disse
que a sentença é um ataque à democracia e “parte da tentativa de tirar no
tapetão o Lula da disputa política”. “É mais um golpe à já combalida democracia
brasileira, porque quando a Justiça toma partido, condena sem provas, age pela
presunção da culpa e um juiz se torna acusador, há algo sério acontecendo”,
disse.
Gilmar Mauro, dirigente do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi na mesma linha. “A luta é contra o estado de exceção
que se espalha por todo o país e criminaliza o Lula, mas não apenas: mira o
povo brasileiro e conquistas históricas arrancadas com muita luta”, afirmou.
Pela prisão de Lula
Já o movimento Vem Pra Rua,
um dos que foram às ruas pelo impeachment de Dilma, está convocando um ato para
o dia 27 de agosto para pedir, entre outras coisas, a prisão de Lula.
Chamado oficialmente de Marcha Contra a Impunidade e Pela Renovação, a
manifestação, prevista para todo o país, exige “o andamento célere das
condenações e a prisão dos diversos bandidos que tomaram de assalto o nosso
país”.
“Os criminosos têm que perder os
mandatos, os privilégios, serem condenados e presos. Temos que barrar suas
manobras para se perpetuarem no poder, perpetuar a impunidade e impedir a
renovação que queremos”, diz a convocação na página oficial do grupo no
Facebook.
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