Maduro
discursa no Palácio de Miraflores, na Venezuela
(Foto: Reuters/Palácio de
Miraflores/Divulgação)
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O presidente venezuelano também
desafiou abertamente a União Europeia, que tinha pedido o cancelamento da
convocação da Constituinte.
O presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro, declarou nesta segunda-feira (17) que vai manter a convocação da
Assembleia Constituinte, apesar do resultado do plebiscito simbólico realizado
pelas forças de oposição no último domingo (16). No pleito mais de 7 milhões de
pessoas se manifestaram contra uma mudança na Constituição venezuelana.
"Assim, convocou uma
constituinte para a independência e a soberania e que a Europa diga o que
quiser, não nos importa o que diz a Europa", declarou Maduro em um
discurso pronunciado no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas. O
presidente venezuelano fez referência ao apelo da União Europeia (UE) para que
ele considerasse o resultado do plebiscito e cancelasse a convocação da
Constituinte.
As forças de oposição da
Venezuela, reunidas na Mesa de Unidade Democrática (MUD) declararam que o
plebiscito tem valor vinculante para o governo, que deve respeitar os
resultados das urnas. Um pleito que os chavistas consideram como “fraudulento”.
A Venezuela vive uma forte
convulsão, com protestos que deixam 95 mortos desde 1º de abril, e uma das
piores crises econômicas de sua história, que asfixia a população com uma
severa escassez e inflação de três dígitos.
No plebiscito simbólico organizado
pela oposição 98,4% dos participantes votaram contra a convocação da Assembleia
Constituinte proposta por Maduro.
Um total de 7.186.170 venezuelanos
participaram da votação. De todos os votos, 6.492.381 foram no país e 693.789
no exterior. Cerca de 95% das urnas foram apuradas. Foram cerca de 2 mil urnas
com zonas eleitorais improvisadas em mais de 80 países, entre eles o Brasil
(nas cidades de Manaus e Boa Vista). O Poder Eleitoral da Venezuela não
reconhece a votação.
Por G1
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