Papa
Francisco e o presidente da Itália, Sergio Mattarella,
no Palácio do Quirinale em Roma
(Foto:
Divulgação/Presidência da Itália)
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Nascido em Salvador de uma
família pobre, o jovem foi adotado quando era ainda um bebê por um casal da
Sicília e hoje faz parte do corpo de elite das Forças Armadas italianas.
Um brasileiro de 27 anos se tornou
o primeiro negro a entrar na unidade da guarda de honra do presidente da
Itália, o Reggimento Corazzieri -- o equivalente aos Dragões da Independência
do Brasil.
Identificado apenas com as
iniciais de seu nome, N.T., como forma de preservar sua identidade, o jovem
conquistou a atenção da imprensa internacional durante a visita de Papa
Francisco ao palácio presidencial da Itália, ocorrida em junho, onde foi
fotografado ao lado do pontífice e do presidente italiano, Sergio Matarella.
As imagens da visita mostram o
jovem corazziere batendo continência na chegada do papa ao
grande pátio principal do Palácio do Quirinale, em Roma. O jovem soldado de
1,96 m, em seu impecável uniforme de gala, ganhou um sorriso de Francisco.
Ainda adolescente, se tornou
jogador de vôlei profissional, disputando competições em toda a Itália com seu
time, que chegou até a série B. Em seguida, prestou concurso e se juntou às
Forças Armadas italianas, no corpo dos Carabinieri. Mas o sonho de N.T. sempre
foi fazer parte dos Corazzieri, a mítica tropa de elite que desde meados de
1500 protegeu os reis e os presidentes da Itália. Entre os requisitos mínimos
para ingressar na instituição está a altura mínima de 1,95 m, saber cavalgar e
superar uma série de duras provas físicas e psicológicas.
N.T.,
primeiro negro a entrar na guarda de elite da Presidência
da Itália
(Fotos: Presidência da Itália/Divulgação)
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Segundo o comandante, a cor da
pele jamais foi um obstáculo. “N.T. foi o primeiro soldado negro a se tornar
corazziere, mas por méritos próprios e não em função de sua cor. Nós não
fazemos distinções de raça, religião, opiniões ou preferências sexuais. Ele foi
um dos melhores soldados de seu curso, tanto que foi aprovado com todos os
méritos no final dos seis meses de treinamento”, explicou Casarsa.
Por Carlo Cauti, G1
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