TRF4 aceitou
pedido da defesa de Lula para que Emílio Odebrecht
fosse ouvido
novamente
(Foto: Paulo
Giandalia/Estadão Conteúdo/Arquivo)
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Outras nove testemunhas, entre
elas os ex-ministros José Eduardo Cardozo, Tarso Genro, devem ser interrogadas
pelo juiz nesta segunda-feira.
O dono da construtora Odebrecht,
Emilio Odebrecht, será interrogado novamente pelo juiz Sérgio Moro, nesta
segunda-feira (11), em um processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva é acusado de receber propina da empreiteira. O depoimento será retomado
por decisão do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4) , que aceitou um
pedido formulado pela defesa do político.
O pedido foi feito após a
audiência em que Emilio Odebrecht foi ouvido porque, segundo a defesa, o
Ministério Público Federal (MPF) acrescentou documentos ao processo que não
puderam ser verificados a tempo da primeira oitiva.
Além de Emilio Odebrecht, o
ex-executivo da empreiteira Alexandrino de Alencar, também deve ser
reinterrogado, pelo mesmo motivo.
Também estão marcados outros nove
depoimentos para os períodos da manhã e da tarde. Entre as testemunhas que
devem ser ouvidas estão o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o
ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro do governo Lula, Tarso Genro.
Todas as testemunhas, exceto
Emilio e Alexandrino, foram arroladas pelas defesas dos réus nesta ação penal.
O processo apura o suposto pagamento de propina ao ex-presidente por meio de um
terreno que teria sido comprado para a construção de uma nova sede para o
Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São
Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
A defesa de Lula nega as
acusações, já que a obra do instuto não foi feita e, segundo os advogados, o
apartamento é alugado pelo ex-presidente, desde a época em que ele ainda
ocupava a Presidência da República.
Neste processo, além de Lula e do
ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, são réus o ex-ministro
Antônio Palocci e o ex-assessor dele, Branislav Kontic. Os dois são acusados de
terem intermediado o suposto pagamento de propina a Lula. Eles negam as
acusações.
Por G1 PR, Curitiba
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