Visão geral
dos arranha-céus e prédios em construção do
distrito de
West Bay, em Doha
(Christof Koepsel/Getty Images/VEJA)
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Arábia Saudita, Egito, Emirados
Árabes Unidos, Bahrein, Líbia e Iêmen acusam país de promover instabilidade na
região
Seis países do mundo árabe – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Líbia e Iêmen – decidiram cortar todas as relações diplomáticas com o Catar. A decisão foi tomada durante a
manhã desta segunda-feira (horário local), após acusações feitas pelos governos
de que a monarquia do Catar estaria trabalhando para promover a instabilidade
na região, além de financiar
grupos terroristas.
As tensões entre os países árabes
têm ganhado força nos últimos meses, com crescentes acusações por parte da
Arábia Saudita de que o governo de Doha apoiaria a instabilidade na região,
além de promover uma aproximação indesejada com o Irã, força antagonista aos
sauditas na região. Na último dia 27, o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani,
parabenizou o presidente iraniano Hasan Rouhani pela sua reeleição, o que foi
visto como uma afronta.
A monarquia da Arábia Saudita
cortou relações, segundo comunicado em sua TV estatal, por causa “do apoio [do
Catar] a diversos grupos sectários e terroristas focados em desestabilizar a
região”. O ministro de relações exteriores do Egito acusou o pequeno país no
golfo pérsico, que será sede da Copa do Mundo de 2022, de promover uma
“aproximação antagônica”, onde “todos os esforços feitos para parar o apoio do
Catar a grupos terroristas falharam”. O ministro das relações exteriores do
Catar respondeu que as medidas são “injustificadas e baseadas em alegações que
não têm base nos fatos”.
Apesar de ainda não estar claro
como essas medidas serão tomadas, a Arábia Saudita já anunciou que soldados do
Catar deverão ser imediatamente retirados das tropas que estão em batalha no
Iêmen; além disso, todos os cidadãos do Catar nessas quatro nações devem deixar
os países em, no máximo, duas semanas (assim como visitantes desses países que
estão no Catar); e as missões diplomáticas nesses países devem ser fechadas em
ambos os sentidos – as embaixadas do Catar em Abu Dhabi (EAU) e em Manama
(Bahrein) devem encerrar suas atividades até quarta-feira.
Os Estados Unidos já afirmaram que
a crise não influenciará as missões mantidas pelo país na região. “Não espero
que isso tenha impacto significante, se é que terá impacto, na luta unificada
luta contra o terrorismo, na região ou globalmente falando”, declarou o
secretário de estado norte-americano, Rex Tillerson, durante visita a Sydney,
na Austrália.
As quatro nações árabes também
planejam cortar o acesso terrestre, feito apenas pela fronteira com a Arábia Saudita,
e o tráfego marítimo e aéreo com o Catar.
(Com Estadão Conteúdo)
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