RIO — O empresário Joesley
Batista, dono da JBS, tentou agendar um segundo encontro com o presidente
Michel Temer depois da reunião gravada no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março.
Reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, que confirmou informações do site
“O Antagonista”, mostrou uma troca de mensagens entre o Joesley e o ex-deputado
Rodrigo Rocha Loures, na ocasião assessor especial da Presidência.
Joesley e Rocha Loures usaram um
aplicativo que apaga os textos assim que lidos. As mensagens foram apresentadas
à Procuradoria-Geral da República. Para obter a prova, Joesley fotografou o
celular com outro aparelho.
Segundo o Jornal Nacional, o
empresário disse a Rocha Loures que queria discutir a Operação Carne Fraca com
o presidente. Deflagrada no dia 17 março, dez dias após o primeiro encontro de
Temer e Joesley, a operação investiga casos de corrução e adulteração de
produtos de frigoríficos brasileiros.
Nas mensagens, Joesley pergunta a
Rocha Loures se ele conseguiria um encontro em Brasília com o chefe “amanhã à
noite”. Rocha Loures pergunta se o encontro seria mesmo na segunda-feira.
Joesley, então, responde que sim: segunda ou terça.
O empresário também pergunta ao
então assessor especial da Presidência se deveria ligar ou deixar que o “chefe”
ligasse, o que seria uma referência a Temer. Rocha Loures sugere que Joesley
telefone e passa o celular do ajudante de ordem de Temer.
Ao Jornal Nacional, o Palácio do
Planalto afirmou que o presidente Michel Temer defendeu todo o setor
agropecuário brasileiro, que tem contribuído para recuperação da economia e
para o crescimento do PIB, independentemente das empresas que atuem no setor. E
que o fez sem atender aos pedidos de Joesley Batista.
Agência O Globo
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