O desemprego ficou em 13,3% no
trimestre de março a maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa
Pnad Contínua. No trimestre encerrado em maio, o Brasil tinha 13,8 milhões de desempregados.
De acordo com o IBGE, é a maior taxa para o trimestre terminado em maio da
série histórica, iniciada em 2012.
Para o IBGE, a taxa de desemprego
permaneceu estável em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro. Na
comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando o índice foi estimado
em 11,2%, o quadro foi de elevação (2,1 pontos percentuais). Segundo o instituto,
é a segunda queda seguida da taxa desde 2014.
A população desocupada permaneceu
estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro e 20,4% (mais 2,3
milhões de pessoas) maior que no mesmo trimestre de 2016.
Taxa de
desemprego, de acordo com a Pnad
(Foto: Editoria de Arte/G1)
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A população ocupada (89,7 milhões)
manteve-se estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro, mas caiu
1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.
No ano, é a primeira vez que o
contingente de desocupados fica abaixo de 14 milhões.
“Nós tivemos uma desaceleração no
processo de queda da população ocupada, mas essa desaceleração vem acompanhada
de uma queda forte do contingente de carteira assinadas”, analisa o coordenador
de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Carteira assinada
No trimestre terminado em maio,
havia no país 33,3 milhões de trabalhadores com carteira assinada. É o menor
contingente desde 2012. O pico de carteira assinada foi atingido em maio de
2014, quando o país apresentava pleno emprego e o contingente total com
carteira assinada chegou a 36,7 milhões.
Houve redução em ambos os períodos
de comparação: frente ao trimestre dezembro-janeiro-fevereiro (-1,4% ou menos
479 mil pessoas) e no confronto com o trimestre de março a maio de 2016 (-3,4%
ou redução de 1,2 milhão de pessoas)
“Em dois anos, nós perdemos cerca
de 2,7 milhões de postos com carteira de trabalho assinada”, disse o
coordenador. Azeredo ressaltou que a redução do contingente de trabalhos com
carteira assinada foi o primeiro sinal da crise no mercado de trabalho.
Nível de ocupação
Número de
desocupados, segundo o IBGE
(Foto: Editoria de Arte/G1)
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O nível da ocupação (percentual de
pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) também ficou estável em
relação ao trimestre terminado em fevereiro (53,4%). Em relação ao nível de
ocupação do mesmo trimestre de 2016 (54,7%), houve retração de 1,3 ponto
percentual. Foi o menor nível da ocupação da série histórica da pesquisa para
trimestres terminados em maio.
Caged
De acordo com os últimos dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mês de maio, a
abertura de vagas formais de trabalho superou as demissões em 34,2 mil postos.
Pelo segundo mês seguido houve
criação de postos de trabalho com carteira assinada e esta foi a primeira vez
desde 2014 que um mês de maio registrou mais contratações do que demissões.
Por Daniel Silveira e Marta Cavallini, G1 Rio e SP
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