Os cerca de 200 leitos para
internação serão reduzidos para 100 progressivamente. Local tem capacidade para
350 atendimentos.
A partir desta segunda-feira (19),
o Hospital Universitário Pedro Ernesto, que pertence à Universidade Estadual do
Rio de Janeiro (Uerj), reduzirá o número de atendimentos ambulatoriais e de
cirurgias pela metade. A informação foi confirmada pelo diretor do Hospital
Universitário Pedro Ernesto, Edmar Santos, ao Bom Dia Rio.
A unidade realiza atendimento
gratuito de pacientes na cidade e de outros municípios. “É muita frustração. O
hospital é uma potência em termos de atendimento à população, faz a diferença
entre a vida e a morte de muitos pacientes graves, tem o potencial para a
formação de novos recursos na saúde, e você vê alas absolutamente novas,
reformadas, com ar condicionado, sendo desativadas pelo não pagamento de
salários”, destacou o diretor, que afirma que, mesmo com os problemas, o local
segue funcionando de maneira organizada.
Os cerca de 200 leitos para
internação serão reduzidos para 100 progressivamente, enquanto os problemas
financeiros do hospital não são resolvidos. Apesar das dificuldades no
pagamento, o Hospital Universitário Pedro Ernesto realiza 100 mil procedimentos
ambulatoriais e 500 cirurgias por mês. Esses números devem ser reduzidos em
40%.
“A gente sempre faz uma
estratégia, nos momentos mais graves, de reduzir globalmente os atendimentos,
todos, para que a gente não penalize um único tipo de paciente, sem ter a
chance de ser atendido”, explicou Edmar Santos.
A folha de pagamento da unidade é
de R$ 11 milhões por mês. Além disso, com o acúmulo de problemas, o Pedro
Ernesto precisa de R$ 20 milhões para conseguir voltar a funcionar de maneira
plena, com seus 350 leitos para internação.
“A gente não está falando aqui em
despertar um sentimento de piedade com o hospital, mas salvar uma joia da
sociedade fluminense. O hospital é a principal referência para o município do
Rio de Janeiro e a única para a maioria dos municípios do interior do Estado do
RJ”, destacou o diretor do hospital, que tem consciência do impacto negativo
dos problemas que a instituição enfrenta na sociedade fluminense.
Por Bom Dia Rio
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