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Criminosos tentavam roubar carga
de cigarros. Outro vigilante ficou ferido.
Dois agentes de segurança que
estavam fazendo a escolta de uma carga de cigarros foram mortos ao trocar tiros
com criminosos no Arco Metropolitano por volta das 9h30 desta quarta-feira
(31). Outro vigilante ficou ferido. As vítimas seriam Jones de Souza da Silva e
Benedito Charles da Silva, de acordo com a Polícia Civil. Uma faixa do Arco
Metropolitano, no sentido Itaguaí, está interditada.
Ainda segundo policiais, os
seguranças foram abordados por pelo menos cinco criminosos armados com fuzis e
pistolas. O crime aconteceu na altura da comunidade do Guandu, em Japeri, na
Baixada Fluminense, na via sentido Rio de Janeiro. Os criminosos levaram a
carga de cigarros.
Jones moreu no local. Benedito
chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos na cabeça, tórax e na
mão. O outro vigilante foi ferido na cabeça, costas e na mão direita. Ele passa
por cirurgia e o estado de saúde é estável.
Uma testemunha, que preferiu não
se identificar, conta que teve o carro furtado na hora do assalto
“Meu irmão parou no acostamento e
começamos a dar ré. Só que vinha um outro carro atrás, que supostamente teve o
confronto com os seguranças, me fechou, já veio atirando. Mandou a gente sair
do caro, vários disparos, nos jogamos no mato. Eles entraram no meu carro,
saíram e deixaram o carro onde eles vieram no local,” explicou a testemunha.
A ocorrência foi atendida por
policiais militares do 24º Batalhão (Queimados), do 15º Batalhão (Duque de
Caxias), do 39ºBatalhão (Belford Roxo) e do Batalhão de Polícia Rodoviária
(BPRv). Os bombeiros do quartel de Paracambi atenderam a ocorrência e
socorreram os feridos. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios
da Baixada Fluminense (DHBF). Um vídeo que circula por redes sociais mostra,
pelo menos, três homens feridos. Policiais investigam se as imagens teriam sido
gravadas por criminosos.
Operação na área
A Polícia MIlitar está realizando
operações na comunidade do Guandu, de onde teriam vindo os criminosos.
“O 24º Batalhão, que cobre aquela
área adjacente ao Arco Metropolitano, está desenvolvendo nesse momento uma
operação na comunidade de Guandu. Temos informações que criminosos daquela
região cometeram aquele fato na manhã de hoje. Vale lembrar que a comunidade do
Guandu apresentou recentemente vários problemas. Entre elas, oito ônibus foram
incendiados por criminosos. A Polícia Militar prendeu, no último mês, mais de
dez criminosos atuando naquela região do Arco Metropolitano", destacou o
capitão Maicon Pereira, porta-voz da PM.
O representante da Polícia Militar
fez queixas em relação a via, do ponto de vista da segurança.
"O Arco Metropolitano foi uma
via mal planejada em relação a segurança pública. Faltam placas, falta
iluminação e todo um aparato que auxiliaria a segurança daquela região. É uma
via com mais de 100 quilômetros de extensão, no qual vários quilômetros dessa
via são rodeados por comunidades nas quais temos conflitos armados
constantemente", explicou o porta-voz da PM.
Violência
Histórias de violência são comuns
no Arco Metropolitano. Em abril de 2016, 720 casos foram registrados de roubo
de cargas. Em abril desse ano, foram registrados 1032. Um aumento de mais de
40%.
A obra foi inaugurada em 2014 e
custou R$ 2 bilhões. O local foi projetado para receber 30 mil veículos por
dia, mas atualmente recebe só a metade, 15 mil.
Como comparação, a Autoestrada
Lagoa-Barra, uma via dentro da cidade do Rio, tem movimento diário de veículos
de 88.294 carros, quase seis vezes maior.
Quem circula pela área não
encontra postos de combustíveis para reabastecer. O mato alto também é um
problema, além da falta de limpeza na pista. Pedaços de peças que caíram dos
carros também atrapalham a circulação.
Por G1 Rio
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