Deputado
Vicente Cândido, durante a reunião da
Comissão da
Reforma Política© Gilmar Felix
|
Presidente comemorou aprovação da
reforma na comissão da Câmara Temer diz que não pretende continuar na política
O deputado federal Vicente Cândido
(PT-SP), relator da comissão especial da reforma política que está em discussão
na Câmara, publicou uma “nota de esclarecimento” na noite desta quinta-feira
para rebater a informação, que se propagou nas redes sociais, de que um projeto
pretende cancelar as eleições presidenciais de 2018.
O projeto que causou a celeuma é a
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 77/2003, do deputado federal Marcelo
Castro (PMDB-PI), que foi desengavetada nesta quinta-feira pelo presidente da
Câmara,Rodrigo Maia (DEM-RJ). A iniciativa propõe, entre outras medidas,
mandato de cinco anos para presidente, governadores e prefeitos, entre outros,
fim da reeleição e a separação das eleições (para Executivo e Legislativo) nos
próximos anos – o que pode estender alguns mandatos futuramente para que as
disputas de presidente, governador e prefeito passem a coincidir.
As medidas são praticamente as
mesmas do projeto relatado por Cândido – o petista leu o seu relatório no
último dia 4 de abril (leia reportagem de VEJA aqui). Foi ele quem pediu a Maia
que desengavetasse a PEC de 2003, porque ela já tinha a admissibilidade aprovada
pela Casa, o que facilitaria a sua tramitação – ela será anexada à proposta que
Cândido e os deputados da comissão especial estão discutindo agora.
“Eu, como relator, junto ao
presidente Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) – com anuência dos membros do colegiado
– escolhemos esta proposição por ser matéria correlata com o tema da comissão
especial para que possamos deliberar sobre a PEC presente no relatório apresentado
em abril na atual comissão da reforma política”, escreveu Cândido na nota de
esclarecimento.
Outro petista, o deputado federal
Wadih Damous (RJ), ex-presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) no Rio, também gravou um vídeo com desmentido.
“Não é verdade que essa PEC
prorrogue mandatos, que essa PEC adie as eleições. Tanto é que é uma PEC de
2003. Então, não tem nada disso. Não vamos ficar procurando pelo em ovo”,
afirmou.
O deputado federal Marcelo Castro,
autor da PEC, foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff (PT)e votou
contra o impeachment da petista. Como o projeto dele é de 2003, não existe
nenhuma previsão sobre a eleição de 2018.
O boato sobre a tentativa de
cancelar a eleição de 2018 foi parar nos trend topics do Twitter (assuntos mais
comentados da rede social) – a tese mais difundida era a de que a medida seria
um golpe para manter o presidente Michel Temer (PMDB) no poder e impedir a
vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as
pesquisas de intenção de voto para 2018.
Veja.com
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!