Celsinho da
Vila Vintém teria ordenado a união
de dentro da cadeia. Foto divulgação / SESEG
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Terceiro Comando dos Amigos, a
junção do TCP com ADA, teria sido articulado por Celsinho da Vila Vintém
Rio - A Polícia Civil começou
a investigar ontem a possibilidade de união entre duas facções criminosas no
Rio. A ADA (Amigos dos Amigos) e o TCP (Terceiro Comando Puro) teriam se unido
para formar o TCA (Terceiro Comando dos Amigos).
O acordo de união teria ocorrido
em um baile funk no final de semana, na comunidade da Pedreira, Zona Norte do
Rio. O anúncio da união foi feito por um DJ que estava na festa. A notícia foi
replicada em áudios que circulam no Whatsapp e estão sendo apurados pelas
Um dos áudios, ao qual O DIA teve acesso, um homem diz:
“Ontem no baile da Pedreira estavam Acari, Vila Aliança, Cidade Alta,
Amarelinho. TCP e ADA. Estava lindo. A união voltou”. As comunidades citadas
possuem diferentes quadrilhas de tráfico de drogas e armas. Em outro áudio, um
homem diz que a união foi possível a partir de uma ordem de Celso Luiz
Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, único fundador vivo da ADA.
Preso desde 2002 em presídio
federal, o criminoso retornou ao Rio há apenas duas semanas. “Tudo ocorreu pelo
Celsinho da Vintém. Agora vai ficar difícil para o Comando Vermelho”, diz um
dos áudios. No total, seis gravações do tipo relatam um acordo entre as
quadrilhas. Procurado, o secretário de Segurança, Roberto Sá, disse que “há
rumores, mas nada confirmado”.
Celsinho da Vila Vintém está na
Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, no Complexo Penitenciário de
Gericinó, em Bangu. O prazo para a sua permanência em um presído de segurança
máxima terminou e não houve renovação, o que ocasionou o seu retorno, segundo a
Vara de Execuções Penais (VEP). Celsinho é apontado pelo ‘Portal dos
Procurados’ como um dos fundadores da ADA e já manifestou seu perfil
conciliador.
Em 2015, ele foi testemunha de
defesa em um processo contra Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar,
do Comando Vermelho. Beira-Mar era julgado por ser um dos mandantes de
execuções durante uma rebelião em 2002, em Bangu. “Vim aqui, como testemunha
dele, para pagar a dívida, por terem me deixado vivo”, disse, na frente de
Beira-Mar.
Ainda durante o julgamento,
Celsinho ironizou quando o juiz chamou Bangu de “presídio de segurança máxima”.
Antes de responder à questão, ele debochou: “Segurança máxima é brincadeira,
né?”, afirmou, provocando risos. Na rebelião foram mortos Ernaldo Pinto
Medeiros (Uê), Carlos Alberto da Costa (Robertinho do Adeus), Wanderlei Soares
(Orelha) e Elpídio Rodrigues Sabino (Pidi).
BRUNA FANTTI
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