Paulo
Roberto Costa e Pedro Barusco serão ouvidos como
testemunhas
de acusação (Foto: Lúcio Bernardo Jr/Câmara
dos
Deputados e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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Audiência será na sede da
Justiça Federal, em Curitiba, a partir das 14h desta quarta-feira (24).
O ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco devem ser ouvidos pelo
juiz Sérgio Moro como testemunhas de acusação em uma ação penal da Lava Jato
que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24).
Moro é responsável pelos processos
da Lava Jato na primeira instância. A audiência será na sede da Justiça Federal
do Paraná, em Curitiba, e está prevista para começar às 14h.
Nesta ação penal, Lula é réu por
ter, supostamente, recebido vantagens indevidas da Odebrecht, por meio da
compra de um terreno, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e também
de um apartamento no mesmo andar do prédio em que ele mora, na mesma cidade.
O terreno seria usado para
construir uma nova sede para o instituto social que leva o nome do
ex-presidente, e o apartamento é usado até hoje por Lula, como casa para os
policiais federais que fazem a segurança dele.
A defesa de Lula nega as
acusações, dizendo que o terreno jamais foi entregue ao Instituto Lula e que o apartamento
em que ficam os seguranças é alugado.
Além de Lula, também são réus
neste processo o ex-ministro Antônio Palocci; o ex-assessor dele, Branislav
Kontic; o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht; e outras quatro
pessoas.
Este processo tem audiências
marcadas, pelo menos, até o dia 22 de junho. Após essa data, Moro ainda
precisará ouvir os acusados. Não há prazo para que seja determinada uma
sentença.
Nesta segunda (22), foram interrogados, também como testemunhas de
acusação, o ex-senador Delcídio do Amaral e executivos de empreiteiras. O
ex-senador, que também é delator, afirmou que o pecuarista José Carlos Bumlai
lhe disse, à época do concebimento do Instituto Lula, que estava trabalhando na
estruturação da organização com a ajuda da Odebrecht.
"Ele [Bumlai] me disse que
estavam procurando uma área, me falou que tinha procurado a Odebrecht para a
estruturação do Instituto Lula, e, nas últimas conversas, ele praticamente
disse que tinha o objetivo de, no curto prazo, colocar o instituto
funcionando", disse o delator. Bumlai confirmou, em depoimento na mesma
ação, que participou da compra do terreno para o instituto.
Amaral, no entanto, afirmou que
nunca participou de reuniões com o ex-presidente Lula ou Bumlai para discutir a
estruturação do Instituto Lula. De acordo com ele, tudo que ele sabe sobre o
assunto foi relatado a ele por Bumlai. Segundo Amaral, as conversas dele com o
pecuarista eram como um jogo de xadrez. “Cada um falava o mínimo necessário”,
contou.
O ex-presidente da Camargo Corrêa
Dalton Avancini, também delator, falou sobre o funcionamento do cartel e
relatou pagamento de propina em contratos com a Refinaria Abreu e Lima (RNEST)
e com Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em consórcios formados pela
empreiteira.
Augusto Mendonça Neto, executivo
da empresa Toyo Setal e delator na Operação Lava Jato, apenas confirmou
informações já ditas em depoimentos anteriores.
Ele disse que a Odebrecht
participou do cartel para vencer obras da Petrobras desde quando os acertos
começaram e que era uma das empreiteiras líderes. Também eram consideradas
"VIPs" no grupo as empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e UTC,
segundo o delator.
G1
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