Desempregados
em busca de trabalho fazem fila na Superintendência
Regional do
Trabalho no Centro do Rio (Foto: Daniel Silveira/G1)
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No primeiro trimestre de 2017,
população desempregada no estado chegou a 1,2 milhão, 401 mil a mais que no
mesmo período do ano passado. É a maior taxa de desocupação desde 2012.
O número de pessoas desempregadas
no Rio de Janeiro aumentou em 49,4% em um ano, fazendo com que a taxa de
desocupação no estado batesse recorde histórico. É o que aponta o detalhamento
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgado nesta
quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O primeiro trimestre deste ano
terminou com um contingente de 1,2 milhão de desempregados no RJ. Na comparação
com o trimestre anterior, houve um crescimento de 99 mil pessoas desempregadas
no estado. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, o aumento foi de 401 mil
pessoas.
De acordo com o coordenador de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, o aumento no número de
desempregados no estado pode ser explicado pela finalização das grandes obras
de infraestrutura realizadas para a Olimpíada no ano passado. Além disso, ele
destacou a atual conjuntura econômica do estado.
“O estado está passando por uma
situação complicada. Isso [o aumento do desemprego] pode ser um retrato do que
está acontecendo”, ressaltou o pesquisador.
A pesquisa do IBGE mostrou que o
RJ registrou o maior aumento no número de desempregados entre os quatro estados
do Sudeste.
Taxa recorde
A taxa de desocupação no estado
ficou em 14,5% no trimestre terminado em março - um aumento de 1,1 ponto
percentual ante o trimestre anterior e de 4,5 pontos percentuais na comparação
com o primeiro trimestre de 2016. Segundo o IBGE, foi a maior taxa de desocupação
no estado da série histórica da PNAD, iniciada em 2012.
Além disso, o IBGE destacou que o
Rio de Janeiro foi o quinto estado do país com o maior aumento no número de
desempregados entre o primeiro trimestre de 2016 e o deste ano.
Ocupação
Já a população ocupada foi
estimada em 7,1 milhões. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado,
houve uma redução de 152 mil pessoas ocupadas no estado, o que equivale a uma
variação percentual de -2,1%. Foi a menor queda do número de postos de trabalho
ocupados entre os quatro estados do Sudeste.
O IBGE destacou que o continente
de trabalhadores com carteira assinada diminuiu em 223 mil. Na comparação com o
mesmo trimestre do ano passado, a queda foi de 6,9%.
O rendimento médio real habitual
de todos os trabalhos no Rio de Janeiro ficou estimado em R$ 2.311. Segundo o
IBGE, o valor não apresentou variação estatisticamente significativa em relação
ao mesmo trimestre do ano anterior nem em relação ao trimestre anterior.
Por Daniel Silveira, G1 Rio
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