Boneco de
Gilmar Mendes©
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Alvo preferencial de movimentos e
partidos de esquerda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes, que foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(PSDB), também passou a ser atacado por grupos de direita que defendem a
Operação Lava Jato. Nesta terça-feira, um boneco inflável com a imagem do
ministro — à la Pixuleco, boneco do ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva
vestido como presidiário — será enchido na frente do STF, em Brasília, como
protesto por ele ter decidido soltar o empresário Eike Batista e por ter votado
a favor da liberdade do ex-ministro José Dirceu, do pecuarista José Carlos
Bumlai e do ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu. Na imagem, Mendes aparece
com a toga do STF e uma estrela do PT no peito.
Para não precisar fazer um novo
boneco, o movimento NasRuas, liderado por Carla Zambelli, reaproveitou o corpo
de um boneco de 13 metros de altura do ministro Teori Zavascki, ex-relator da
Lava Jato que morreu num acidente aéreo em janeiro deste ano (confira abaixo).
Na época, ele era criticado por ter mandado o juiz Sergio Moro enviar as
investigações envolvendo Lula para o STF. Agora, o movimento decidiu trocar a
cabeça de Teori pela de Gilmar e o nome de Teoreco para Gil-lax (em referência
ao medicamente que solta o intestino).
“Ele não estava sendo criticado antes porque
não era um dos piores — tinha o Dias Toffoli e o Ricardo Lewandowski. Mas dessa
vez ele escancarou a total falta de incoerência e ética. Não adianta nada o
Moro prender e o STF soltar”, diz Carla Zambelli. Segundo ela, o ajuste custou
4.000 reais ao grupo, que levanta dinheiro em vaquinhas virtuais — um exemplar
novo sairia por 12.000 reais. A versão antiga tinha mais duas cabeças — a de
Lula e Dilma Rousseff (PT). No novo inflável, Dilma foi substituída por Dirceu
e Lula foi mantido.
O protesto no STF será um dos atos
organizados pelo grupo nesta semana em favor da Operação Lava Jato, cujo evento
mais aguardado será o depoimento de Lula na quarta-feira. O NasRuas acatou
apelo do juiz e desistiu da carreata que faria de São Paulo a Curitiba para
acompanhar o interrogatório. No lugar, vai realizar atos menores em diversas
capitais do país.
Além do de Gilmar, o grupo também
inflará no STF o boneco de Levandowski. Os manifestantes também tinham o
inflável do Dias Toffoli, mas o perderam em uma de suas exibições em protestos
pelo Brasil. “Nós temos ele [Toffoli] desde 2015, mas como ele começou a tomar
algumas decisões acertadas, nós paramos de usá-lo”, disse Carla.
VEJA.com
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