Site do
jornal argentino El Clarín dá manchete ao caso envolvendo
o presidente brasileiro Michel Temer (Foto:
Reprodução/ El Clarín)
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"O Globo" cita
gravação na qual Temer teria dado aval para comprar o silêncio de Eduardo
Cunha.
A imprensa internacional repercute
nesta quarta-feira (17) a
reportagem do jornal "O Globo" que cita a gravação do presidente
Michel Temer, na qual o presidente teria dado seu aval para comprar o
silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.
Nos Estados Unidos, o "The
New York Times" informou que o presidente brasileiro endossou propina de
empresários em fita secreta, enquanto o "Washington Post" reportou
que o líder brasileiro nega relato de que endossou pagamento de propina para
ex-deputado.
No Canadá, o "The Globe and
Mail" escreveu que a crise política brasileira se aprofunda e que o
presidente Temer foi supostamentre gravado combinando propina.
Repercussão das denúncias está
sendo desastrosa para a imagem do Brasil
O site do jornal argentino “El
Clarín”, que reporta a notícia em sua manchete, informa que a gravação foi
entregue pelo dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, ao Ministério Público.
O jornal lembra que “Cunha não foi
qualquer personagem da história do impeachment contra [a ex-presidente] Dilma.
Na realidade, foi o homem que desatou o processo e que logo conduziu com
respaldo de uma grande maioria da Câmara”.
A agência econômica americana
Bloomberg noticiou que um fundo ETF brasileiro comercializado em Tóquio caiu 8%
logo após o aparecimento da notícia. Como forma de mostrar a repercussão no
ambiente de negócios, a reportagem também cita o presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, que pede "respostas imediatas"
à sociedade. "Os brasileiros não podem continuar vivendo com dúvidas em
relação a seus representantes", afirma.
O jornal espanhol "El
Mundo" também repercute o caso, afirmando que a gravação pode ser
"letal" para Temer. "O áudio, cuja existência foi revelada nesta
quarta, poderia ser letal para o governo Temer, já que pela primeira vez emerge
com clareza um suposto delito cometido durante o exercício de seu
mandato", diz a notícia.
A britânica BBC publicou
reportagem dizendo que as alegações contra Temer "geraram ondas de choque
em todo o país", e que um político já
entrou com um pedido de impeachment contra o presidente -- o deputado
Alessandro Molon (Rede - RJ).
Britânica BBC afirmou que
alegações contra Temer lançaram 'onda de choque' pelo país (Foto:
Reprodução/BBC News)
A Deutsche Welle, da Alemanha,
noticia o caso observando que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cancelou a
sessão parlamentar após saber da notícia e que a revelação "causou comoção
na opinião pública brasileira, que especulava as graves consequências para
Temer e seu governo.
Em nota, a
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência disse que o presidente
Michel Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o
silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou nem autorizou qualquer
movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo
ex-parlamentar".
Por G1
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