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JUNIOR Fora Temer
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Ultrapassa a casa de 1 milhão de reais o prejuízo do governo federal com
as depredações causadas por black
blocs e até furto de equipamentos na Esplanada dos Ministérios
durante uma manifestação contra o presidente Michel Temer, nesta quarta-feira. Em alguns ministérios houve
paralisação parcial de trabalhos nesta quinta-feira para perícia e cancelamento
de compromissos por causa dos danos.
VEJA enviou a todos os ministérios
pedidos de informação sobre casos de depredação e custos de reparo, mas nem
todos responderam até a última atualização desta reportagem. A soma parcial é
de 1 145 689, 05 reais. Depois de todos os prejuízos serem estimados, a
Advocacia-Geral da União vai ajuizar ação de cobrança para ressarcimento aos
cofres públicos contra as centrais sindicais que convocaram a
manifestação.
Dos prejuízos informados até o
momento, o maior foi no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), que divide um prédio com o Ministério da Integração
Nacional. São 522.599,04 reais, conforme a assessoria de imprensa do órgão: “A
fachada do prédio foi danificada obrigando a substituição e a colocação de
450m² de vidro. Houve um início de incêndio com a queima de diversas mobílias e
equipamentos da sala. Dezenas de computadores e equipamentos eletrônicos foram
furtados e danificados, bem como documentos. Também houve avaria no posto de
posto de atendimento do Banco do Brasil, que funciona no saguão do edifício”.
O Ministério do Planejamento
apresentou uma planilha com custos estimados em 330 979,31 reais para recuperar
janelas com película, persianas, divisórias, mobiliário, ar-condicionado,
computadores, forro, pintura, elevador, espelhos e contêineres. O ministério
não considerou nesta conta bens de servidores que estavam nas salas depredadas,
tampouco equipamentos eletrônicos com possível dano interno.
No Ministério da Cultura, o
prejuízo só será calculado depois de concluída a perícia da Polícia Federal. O
Ministério do Meio Ambiente, que divide o mesmo edifício, estimou em cerca de
230 000 os custos de reparo. O prédio foi apedrejado e incendiado, conforme
mostram imagens obtidas por VEJA.
O Ministério da Educação vai
gastar 43.119,70 reais para recuperar as vidraças e remover pichações.
No Ministério de Minas e Energia,
que divide o edifício com o Turismo, o prejuízo foi de 19 000 reais, em
vidraças, persianas, computador, condensador de ar e placas de sinalização.
O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento ainda está levantando os custos com o incêndio no
salão de atos e na portaria privativa do ministro. “Foram perdidos móveis,
quadros com fotos de ex-ministros, quebrados vidros do prédio, computadores e
queimadas cortinas. O fogo, alimentado pelos tapumes de madeira, foi controlado
pela Brigada de Incêndio do ministério, pois os bombeiros foram impedidos de
chegar até as chamas. O local está sendo periciado. Hoje estava programada
reunião para o auditório do Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA) e foi
cancelada”, informou a assessoria de imprensa.
O Ministério do Desenvolvimento e
Indústria informou que vidros de uma das portarias foram quebrados, mas não
levantou o custo de reposição. O Ministério da Fazenda afirmou que vidros das
portarias de dois blocos foram danificados, mas ainda não tinha estimativa do
valor de reparo.
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