O bloqueio
de bens visa garantir recursos para ressarcir
a Petrobras,
casos as irregularidades fiquem comprovadas.
|
Tribunal determinou bloqueio de
bens de empresas suspeitas de envolvimento nas irregularidades no Comperj.
Bloqueio não atinge a Andrade Gutierrez, que colabora com investigações.
O Tribunal de Contas da União
(TCU) apontou, nesta quarta-feira (5), um superfaturamento de R$ 544 milhões em
obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, e
determinou o bloqueio de bens das empresas suspeitas de envolvimento nas
irregularidades.
As empresas que tiveram bens
bloqueados são: Techint Engenharia e Construção S.A., Alusa Engenharia, Skanska
Brasil LTDA., Promon Engenharia LTDA., Engevix Engenharia S.A, Queiroz Galvão
S.A., Iesa Óleo e Gás S.A. e Galvão Engenharia S.A.
Procurada, a Queiroz Galvão
informou que não comenta investigações em andamento. O G1 também
entrou em contato com a Promon e a Alusa, mas não recebeu resposta até a última
atualização deste texto. A reportagem não conseguiu contato com a Techint,
Skanska, Engevix, Galvão Engenharia e Iesa.
A corte informou que uma das
envolvidas, a construtora Andrade Gutierrez, não foi atingida pela determinação
porque fez um acordo de delação premiada dentro da Operação Lava Jato e
colabora com as investigações.
O bloqueio de bens visa garantir
recursos para ressarcir a Petrobras, casos as irregularidades fiquem
comprovadas. O processo, portanto, ainda está em andamento no TCU, que deu 15
dias para que as empresas com bens indisponibilizados apresentem defesa.
Só após concluído o processo, o
que não tem prazo para ocorrer, é que o tribunal pode adotar medidas contra as
empresas cujas suspeitas de envolvimento em irregularidades ficarem
comprovadas.
A auditoria verificou os contratos
de obras de implantação das unidades de Destilação Atmosférica e a Vácuo, de
Hidrocraqueamento Catalítico e de Coqueamento Retardado do Comperj, estruturas
usadas no refino de petróleo.
Segundo o relator do processo,
ministro Vital do Rêgo, o valor do prejuízo, de R$ 544 milhões, é em preço de
2010, quando foi feita a auditoria. Em 2015, houve uma nova inspeção nas obras
citadas.
Por Laís Lis, G1, Brasília
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!