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MOTTA/ESTADÃO Eike Batista em janeiro
de 2017,
quando foi preso na Operação Eficiência
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BRASÍLIA - O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal, negou estender ao empresário Eike Batista
a liminar que deferiu na semana passada em favor de Flávio Godinho, executivo
do grupo EBX, holding do empresário. Gilmar rejeitou o argumento de que a
situação entre os dois era a mesma.
"Eike Fuhrken Batista é
apontado como o mandatário dos supostos atos de corrupção, lavagem de dinheiro
e obstrução executados por Flávio Godinho. Isso indica não apenas maior
culpabilidade, mas também perigo maior de reiteração em crimes e atos
contrários ao desenvolvimento da instrução", afirmou Gilmar Mendes no
despacho desta segunda-feira, 10.
O ministro também disse que há
suspeita concreta de que Eike "teria reiterado atos de corrupção e lavagem
de dinheiro, ao contrário de Flávio Godinho, supostamente envolvido em um único
ato". Acrescentou haver indícios de que Eike Batista pertenceria a
organização criminosa.
Gilmar Mendes fez a ressalva de
que "o acerto ou não da decisão que decretou a prisão preventiva do
paciente deverá ser discutido nas vias próprias, com ênfase nas circunstâncias
pessoais do requerente".
Na quarta-feira passada, 5, o
ministro suspendeu a prisão preventiva de Godinho, que, além de ter sido braço
direito de Eike, era vice-presidente de futebol do Flamengo.
Tanto Eike Batista como Flavio
Godinho foram presos na Operação Eficiência, deflagrada no dia 26 de janeiro,
em um desdobramento da Calicute, operação da força-tarefa da Lava Jato sediada
no Rio que culminou na prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em
novembro de 2016. Godinho foi preso no dia 26 de janeiro e Eike, apenas no dia
30, pois estava no exterior.
No dia 8 de março, a primeira
turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou um pedido de
habeas corpus de Eike.
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