Os processos contra eles foram enviados à Procuradoria Geral
da República.
Fotos: Angel Morote / Zô Guimarães/ Arte ROJO
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Eles foram
denunciados por delatores da Odebrecht por suposto recebimento de recursos
indevidos.
Seis políticos
do interior do Rio aparecem na lista do Ministro do Supremo Tribunal Federal,
Edson Fachin, com nomes de autoridades que podem ser investigadas por uma
suposta ligação com a Operação Lava Jato. São eles: Anthony Garotinho, Rosinha
Garotinho, Paulo Melo, Riverton Mussi Ramos, Alcebíades Sabino e Aluízio dos
Santos Júnior. Todos eles foram denunciados por executivos da construtora da
Odebrecht em delação premiada à Justiça e teriam recebido recursos indevidos.
Os processos
contra eles foram enviados à Procuradoria Geral da República. No entanto, como
não são políticos com foro privilegiado, esses processos envolvendo os
políticos do interior serão destinados à Justiça Comum, que vai avaliar se eles
serão ou não investigados.
A lista cita o
nome de Anthony Garotinho (PR). O ministro do STF, Edson Fachin, encaminhou à
Justiça do Rio citações do ex-governador do Rio feitas por delatores da
Odebrecht. Os ex-executivos Benedito Júnior e Leandro Andrade Azevedo relataram
que Garotinho recebeu dinheiro de caixa dois para a campanha ao Governo do
Estado, em 2014.
Ainda de acordo
com os delatores, Rosinha Garotinho (PR), ex-governadora do Rio, também recebeu
dinheiro de caixa dois para as campanhas à Prefeitura de Campos dos Goytacazes,
no Norte Fluminense, em 2012. Ainda não foram liberados outros detalhes dessa
delação. Caberá à primeira instância decidir se abre ou não inquéritos para
investigar Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho.
Os dois
afirmaram que não tiveram acesso à informação dessa denúncia, mas esclareceram
que não cometeram nenhuma irregularidade. Eles acrescetaram, ainda, que
qualquer acusação tem que ser baseada em provas.
O deputado
estadual Paulo Melo (PMDB), de Saquarema, também foi citado por Leandro Andrade
Azevedo. O delator revelou que houve pagamento em 2014 por meio de recursos não
contabilizados à campanha dele para a Assembleia Legislativa do Rio. O deputado
negou que tenha recebido doações indevidas da Odebrecht e informou que vai
acionar à Justiça.
Leandro Andrade
Azevedo e Benedito Júnior relataram, também, pagamentos indevidos a Riverton
Mussi Ramos, ex-prefeito de Macaé, e ao irmão dele, Adrian Mussi, nas campanhas
eleitorais de 2008 e 2010. Os valores não foram devidamente contabilizados.
Riverton negou que tenha recebido recursos da empresa em campanhas políticas.
Disse, ainda, que o contato com Leandro Andrade Azevedo era apenas
institucional, e afirmou que não conhece Benedito Júnior.
O ex-deputado
estadual Alcebíades Sabino dos Santos (PSC) também foi citado. Um delator da
Odebrecht revelou que ele recebeu vantagem indevida em 2006, a partir de
recursos de uma obra de saneamento que a empresa fazia em Rio das Ostras, na
Região dos Lagos. O delator afirmou, ainda, que Alcebíades também recebeu um
novo pagamento na campanha à Prefeitura da cidade, por meio de Wayner
Gasparello.
Em nota, a
assessoria de Alcebíades Sabino dos Santos nega as acusações e informa que,
"caso se instaure eventual investigação, será confirmada a lisura de sua
conduta". Ainda de acordo com a nota:
"... o
ex-prefeito Sabino sempre teve as suas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral,
não tendo sido atribuído a ele diretamente a percepção de qualquer vantagem.
Por fim, é público e notório o rigor e a ética que caracterizaram sua relação
com a empreiteira e suas subsidiárias em obras e empreendimentos instalados em
Rio das Ostras".
Do Inter TV 2ª Edição, Macaé
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