Foto
divulgada pela agência de notícias oficial norte-coreana,
a KCNA, do exercício militar realizado na
última terça-feira
na Coreia do Norte (25/04/17) (KCNA/Reuters)
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A China se opôs abertamente à
instalação do escudo, que acredita representar um fator de instabilidade
regional
Os Estados Unidos afirmaram que planejam ativar seu sistema de
defesa antimísseis na Coreia do
Sul “dentro de dias”, além de reforçar as sanções econômicas contra
a Coreia do Norte. Os
anúncios do governo do presidente Donald
Trump foram feitos em meio aos crescentes temores sobre os avanços
militares de Pyongyang.
O escudo antimísseis Thaad foi
projetado para interceptar e destruir mísseis balísticos norte-coreanos de
curto e médio alcance durante a fase final de voo. Originalmente, só era
esperado que o sistema fosse usado no final de 2017, mas diante das promessas
do regime de Kim Jong-un de realizar mais testes com mísseis e
nucleares nos próximos dias, as duas nações concordaram em antecipar sua
instalação.
Estados Unidos e Coreia do Sul
decidiram instalar o Thaad após as negociações de março entre o presidente
interino sul-coreano Hwang Kyo-ahn e o vice-presidente americano Mike Pence. O
ministério sul-coreano da Defesa informou nesta quarta-feira que espera aplicar
a fase operacional do escudo “o mais rápido possível”.
Falando aos membros do Congresso americano
na Casa Branca na
quarta-feira, Adm Harry Harris, comandante do Comando do Pacífico dos EUA,
disse que o Thaad estaria “operacional nos próximos dias para poder defender
melhor a Coreia do Sul contra a crescente ameaça da Coreia do Norte”.
China
A China se opõe
abertamente à instalação do escudo porque considera que representa um fator de
instabilidade regional e uma ameaça para suas próprias capacidades balísticas.
Pequim reagiu de modo muito negativo ao anúncio da instalação do escudo e
determinou uma série de medidas que Seul considera represálias econômicas.
Uma das medidas foi a proibição, a
partir de 15 de março, das viagens de grupos de turistas chineses a Coreia do
Sul, o que afeta a indústria local. O ministro chinês das Relações Exteriores,
Wang Yi, também exigiu o fim das manobras militares conjuntas entre Estados
Unidos e Coreia do Sul.
Pressão diplomática
Um comunicado conjunto do chefe do
Pentágono, Jim Mattis, do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e do
diretor da Inteligência Nacional, Dan Coasts, informou nesta quarta-feira que o
presidente Trump tem como objetivo “pressionar a Coreia do Norte para que
desmonte seus programas nucleares, balísticos, de mísseis e de proliferação,
endurecendo as sanções econômicas e buscando medidas diplomáticas com nossos
aliados”.
A tensão aumentou na península
coreana nos últimos meses e o governo de Trump deu respostas belicosas aos
testes de mísseis balísticos norte-coreanos. Trump e vários funcionários do
governo americano afirmaram que todas as opções, incluindo as militares, estão
“sobre a mesa”. O presidente americano declarou na segunda-feira que o Conselho
de Segurança da ONU deveria “estar preparado” para impor novas sanções a
Pyongyang.
Mas a Coreia do Norte não
demonstra a intenção de recuar. Após um gigantesco desfile militar em 15 de
abril para celebrar o 105º aniversário do nascimento do fundador do regime, Kim
Il Sung, a Coreia do Norte anunciou que realizou importantes exercícios
militares na terça-feira, por ocasião do aniversário de 85 anos da criação do
exército.
(Com AFP)
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