China lança
navio primeiro porta-aviões feito no país; projeto
é parte de investimento em programa de defesa
(Foto:
ASSOCIATED PRESS)
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Investimento é parte do
programa de estado para desenvolver a indústria naval e de defesa chinesa.
A estatal chinesa China
Shipbuilding Industry Corporation (CSIC) lançou oficialmente nesta quarta-feira
seu primeiro navio porta-aviões, construído totalmente nos estaleiros chineses.
A empresa já tinha lançado outro modelo do navio de guerra feito para receber
aeronaves no mar, mas seu casco foi fabricado na antiga União Soviética. Os
navios fazem parte de um programa de estado para desenvolver a indústria naval
e de defesa chinesa.
Serão necessários cerca de dois
anos até que o novo porta-aviões esteja completamente equipado para realizar
seus primeiros testes no mar, opinou a especialista em China do Instituto de
Pesquisa Estratégica da Escola Militar francesa, Juliette Genevaz.
O porta-aviões terá propulsão
convencional e não nuclear, e transportará principalmente os Shenyang J-15, o
avião de combate da força aeronaval chinesa, segundo o ministério da Defesa.
"A construção de um primeiro
porta-aviões por parte da China constitui sem dúvida um acontecimento histórico
porque a eleva ao posto das poucas potências militares mundiais capazes de
fazer isso, junto com os Estados Unidos, a Rússia, a Grã-Bretanha, a França, a
Itália e a Espanha", observou Genevaz.
No início do ano, o governo chinês
anunciou um incremento de 7% em seu orçamento militar, que passou para US$ 156
bilhões. Em termos comparativos, os gastos representam apenas 25% dos US$ 628
bilhões do orçamento de Defesa americano.
Tensão internacional
O lançamento ocorre em meio à
crescente tensão internacional envolvendo os programas nuclear e balístico da
Coreia do Norte.
O presidente americano, Donald
Trump, anunciou o envio do porta-aviões Carl Vinson à zona da península
coreana, com o objetivo de pressionar a Coreia do Norte.
Apesar de a China também denunciar
o programa nuclear de seu vizinho, Pequim pediu a Washington que tenha
moderação no caso norte-coreano.
Há anos a China tenta modernizar
suas Forças Armadas, especialmente a Marinha, como parte de suas aspirações no
Mar da China Meridional, região cuja soberania é disputada por vários países.
Mas as Forças Armadas chinesas
estão longe de rivalizar com o poderio militar dos Estados Unidos, que possuem
uma dezena de porta-aviões operacionais, assim como cerca de 600 bases
militares em quase 50 países.
Os novos porta-aviões chineses
constituem no momento uma questão de prestígio para a China, observa James
Char, especialista da escola S. Rajaratnam de estudos internacionais de
Cingapura.
"É muito pouco provável que
representem uma ameaça para os Estados Unidos, se for levado em conta o avanço
tecnológico dos porta-aviões americanos", destacou.
Só se poderá falar de importância
tecnológica no dia em que os porta-aviões chineses dispuserem de propulsão
nuclear e forem capazes de lançar seus aviões, acrescenta o especialista.
Por France Presse
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