Inscrições começam em 8 de maio
às 10h. Exame será aplicado em dois domingos: 5 e 12 de novembro; taxa de
inscrição subiu de R$ 68 para R$ 82.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ficar mais
caro para quem não conseguir isenção. Em 2017, a taxa para se inscrever nas
provas subiu de R$ 68 para R$ 82. O novo valor, que representa um aumento de
20,5%, consta no edital publicado nesta segunda-feira (10) no Diário Oficial da
União (DOU). Além de O texto confirma as mudanças no Enem já divulgadas pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Destaques do Enem 2017
- Prazo de inscrição começa em 8 de maio e
vai até 23h59 de 19 de maio.
- Taxa de inscrição subiu de R$ 68 para R$ 82
- Boleto precisa ser pago até 24 de maio
- Provas serão em dois domingos: 5 de
novembro (linguagens, ciências humanas e redação, com cinco horas e meia
de prova) e 12 de novembro (matemática e ciências da natureza, com quatro
horas e meia de prova)
- Cadernos de prova serão personalizados,
com nome do participante na capa e cartão de respostas
- Participante ainda terá que preencher a "frase
da capa" do caderno de questões
- Isenção: Estudante da rede pública (no
terceiro ano do ensino médio), pessoas cadastradas no CadÚnico e candidato
que se encaixa na Lei 12.799/2013 (clique
aqui para saber mais).
- Isentos que não comparecem perdem
direito ao benefício no ano seguinte se a ausência não for justificada por
meio de atestado médico, documento oficial judicial ou, ainda, por meio de
boletim de ocorrência
- Enem não valerá como certificado do ensino
médio
- Solicitação de tempo adicional para
atendimento especial deve ser solicitada na inscrição
O Inep afirma que o aumento da
tarifa da inscrição se deu para atualizar os valores conforme o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) praticado em 2016 e para arcar com os
custos operacionais e as melhorias implementadas no certame.
Segundo o Inep, entre 2000 e 2014,
a taxa manteve-se em R$ 35. De acordo com a instituição, os preços cobrados em
2015 (R$ 63) e 2016 (R$ 68) foram inferiores aos apurados pelo IPCA no período.
O valor representa uma alta de 20%.
“Esse valor ainda não é o
suficiente para cobrir todas as despesas do Enem”, disse a presidente do Inep,
Maria Inês Fini. Durante reunião técnica na sexta-feira (7) para apresentar o
edital à imprensa, Maria Inês informou que o custo por participante é de R$
91,49. Por causa desse valor e das isenções, o governo precisa arcar com cerca
de um terço do valor do exame.
Como o Enem não poderá ser mais
usado como certificado do ensino médio, o Inep calcula que o número de
inscritos cairá para cerca de 7,5 milhões. Em 2016, a prova teve 8,6 milhões de
inscrições.
As inscrições para o Enem 2017
ficarão abertas a partir de 8 maio às 10h. Os interessados poderão se cadastrar
até 19 de maio de 2017, às 23h59 (horário de Brasília).
Isenção
Estudantes de escolas públicas
concluintes do ensino médio em 2017 continuarão a ter o direito da isenção da
taxa de inscrição, assim como os candidatos com renda familiar per capita igual
ou inferior a um salário mínimo e meio e aqueles que cursaram o ensino médio
completo em escola da rede pública ou como bolsista integral de escola privada.
A novidade do Enem 2017 é que
passam a ser isentos também as pessoas que tiverem cadastro no CadÚnico
(Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), que reúne famílias
em situação de pobreza e pobreza extrema. Para comprovar o dado, o candidato
deverá informar, no ato da inscrição, o NIS (número de identificação social) –
o sistema permitirá a busca automática.
O Inep afirma que poderá consultar
o órgão gestor do CadÚnico para verificar as informações prestadas pelos
concorrentes. Se for constatado algum dado falso, o participante será eliminado
do exame e deverá ressarcir ao governo os custos com a taxa de inscrição. Além
disso, o estudante que tiver a solicitação de carência indeferida terá que
pagar o valor do boleto para ter a inscrição confirmada.
Provas aos domingos
Após consulta pública sobre o
exame, que ocorreu entre 18 de janeiro e 17 de fevereiro, dos mais de 600 mil
participantes, 63,70% votaram que o Enem deveria ocorrer em dois dias.
Aqueles que participaram da
pesquisa também tiveram de responder à seguinte questão: “Caso o exame continue
sendo aplicado em dois dias, qual formato deverá ser realizado?”.
A maior parte (42,30%) optou que
ele ocorresse em dois domingos seguidos.
A consulta pública e a demanda dos
candidatos sabatistas – religiosos que só podem estudar ou trabalhar aos
sábados após o sol se pôr – motivaram o MEC a implementar a mudança. O exame
será realizado em dois domingos consecutivos: 5 e 12 de novembro.
Todos os anos, os sabatistas
entravam no local de prova às 13h (horário de Brasília) e ficavam isolados em
uma sala até as 19h, quando começavam a fazer o exame. “Era uma coisa
desumana”, apontou Maria Inês.
Horários das provas
Nos dois domingos do exame, em 5 e
12 de novembro, os portões nos locais de provas serão abertos às 12h e fechados
às 13h (horário oficial de Brasília). As provas terão início às 13h30, em todas
as unidades da federação.
A ida ao banheiro, a partir das
13h, será permitida desde que o participante seja acompanhado pelo fiscal, sob
pena de eliminação do exame.
Atendimento especializado
Os candidatos que precisarem de
atendimento especializado na prova, como no caso daqueles que têm alguma
deficiência, deverão fazer a solicitação de tempo adicional no ato da
inscrição, apresentando um documento que comprove a necessidade do benefício.
No Enem 2016, o requerimento era
feito nos dias de aplicação do exame – foram 68.907 solicitações na última
edição da prova.
Os concorrentes surdos poderão
participar, neste ano, de uma aplicação experimental de dispositivo em vídeo
contendo questões traduzidas em libras. Além desse recurso, continuam sendo
oferecidos a esse público prova em braille, prova com letra ampliada e tradutor-intérprete
de libras.
“Essa era uma demanda antiga. Por
anos, ela foi negociada, mas decidimos enfrentar o desafio neste ano”, disse a
presidente do Inep, Maria Inês Fini.
Redação: 1º dia de prova
O MEC não alterou o número de
questões ou qualquer item de conteúdo, mas mudou o dia da prova de redação.
Antes, ela era cobrada no segundo dia, junto com as 45 questões de matemática e
as 45 de linguagens. Na configuração anterior, nesse dia os alunos tinham cinco
horas e meia de prazo.
Agora, redação, linguagens e
ciências humanas serão os temas do primeiro domingo (5/11). Com a alteração, o
primeiro dia de provas passa a ter duração de cinco horas e meia de prova. Uma
semana depois (12/11) será feita a prova de matemática e ciências da natureza,
com quatro horas e meia para realização.
Segurança da prova
Os participantes do Enem 2017 vão
receber cadernos de prova personalizados, com o nome escrito na capa,
juntamente com os cartões de resposta encartados, que também levam os dados do
candidato. Os quatro cadernos diferentes, identificados por cores, vão ser
mantidos.
Ausência
O candidato que obtiver a isenção
da taxa de inscrição e não comparecer à prova perderá o benefício no Enem 2018,
caso precise solicitá-lo novamente. No entanto, a exceção ocorrerá apenas se o
estudante justificar sua ausência por meio de atestado médico ou documento
oficial que comprove a impossibilidade de seu comparecimento. Antes, bastava
fazer uma autodeclaração com a justificativa da ausência.
Gabaritos
Os gabaritos das provas objetivas
serão divulgados no site do Inep e no aplicativo oficial do Enem até o terceiro
dia útil após a realização da segunda prova.
Fim do 'ranking' do Enem por
escola
O MEC decidiu que não haverá mais
o resultado do Enem por escola – dado que costuma ser disponibilizado
anualmente. A lista é popularmente conhecida como "ranking" do Enem
por escolas.
Por meio do Sistema de Avaliação
da Educação Básica (Saeb), as instituições públicas e privadas poderão saber
suas classificações em relação a outras escolas do país. Conforme explicou a
presidente do INEP, Maria Inês Fini, caso um colégio não queira participar
dessa avaliação não terá o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Certificação do ensino médio
O Inep confirmou que o Enem não
poderá mais ser usado como certificação do ensino médio. A partir de 2017, os
jovens poderão obter o documento pelo Encceja (Exame Nacional de Certificação
De Competências de Jovens e Adultos) – tanto para ensino fundamental quanto
para ensino médio.
"O Enem não foi feito para
certificação. Temos um exame muito mais preparado para isso: o Encceja”,
explicou a presidente do Inep.
Por Letícia Carvalho, G1
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!