Uerj volta
às aulas nesta segunda-feira (10)
após paralisação de três meses
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Com o calendário atrasado, as
aulas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro e no Colégio de Aplicação da
Uerj (CAp-Uerj) foram retomadas na manhã desta segunda-feira (10). Na última
sexta-feira (7), o Fórum de diretores da Uerj decidiu sobre a volta às aulas na
universidade e no colégio por considerarem avanços no serviço de limpeza, de
manutenção dos elevadores, segurança. Mesmo assim, um outro problema ainda não
foi resolvido: o calendário para o pagamento dos professores, dos técnicos e
dos bolsistas.
Ainda sem terminar o ano letivo de
2016, muitos estudantes continuam na expectativa de que as aulas não sejam
interrompidas, apesar de apoiarem a causa dos professores e funcionários da
Universidade. De acordo com a diretora do CAp-Uerj, Maria Fátima, os servidores
estão com dois meses de salários atrasados e ainda não receberam o 13º. Os
técnicos permanecem em greve e segundo ela, o trabalho deles é essencial para
que a universidade funcione completamente.
“Nós queremos muito atender a
todos, fazer a nossa missão de oferecer o ensino, mas essa situação está muito
grave, muito preocupante e a gente espera que o governo restabeleça essas
condições salariais”, afirmou a diretora do CAp-Uerj.
A estudante de engenharia
ambiental e sanitária Camila Corrêa, de 21 anos, é bolsista da universidade e
conta com um auxílio de R$ 450 que continua atrasado. Hoje, a jovem que se
mudou de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, para morar em uma república
perto da Uerj conta com a ajuda dos pais enquanto o governo não normaliza a
situação dos pagamentos.
"A gente recebeu a [bolsa] de
janeiro no final de março. Os meus pais me ajudam, mas é difícil. Estou com
medo que volte e pare de novo. tem paralisaríamos. Eles querem voltar, mas em
más condições não dá.
Para Daiane Barbosa, de 22 anos,
aluna do curso de biologia, a situação da Uerj, nesse contexto, é desmotivante.
"É muito frustrante, é desmotivante, porque a gente vê os recursos, a
estrutura que a universidade dá pra gente, porque a gente fica na mão de
lideranças que não estão nem aí", lamentou.
De acordo com a estudante, a
situação de atraso na volta às aulas da Uerj fez com que muitos estudantes
mudassem de planos. "Muita gente saiu e foi pra universidade particular. A
gente abdica muito pra estar aqui, desde antes do vestibular pra entrar aqui,
pra mudar toda vida. O nosso sentimento é de querer voltar, mas não tem como
fechar os olhos pra condição deles [dos professores]", disse Daiane.
Ainda na tarde desta
segunda-feira, os professores da Uerj farão uma assembleia para decidir se vão
entrar ou não em greve por causa da falta desse calendário de pagamentos.
Inicialmente, as aulas na Uerj
deveriam ter começado no dia 17 de janeiro, mas foram adiadas sucessivamente
devido às condições precárias das unidades, que estavam sem serviços de
manutenção e limpeza.
Por G1 Rio
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