Resultado de
análises em carne recolhida no fim de semana
fica pronto em até 7 dias (Foto: Bruno
Albernaz / G1)
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Um dos bairros alvos da ação
nesse domingo foi a Ilha do Governador, onde os fiscais vistoriaram três
supermercados. Amostras são analisadas em laboratório na Zona Norte.
Agentes da vigilância sanitária
estiveram em supermercados do Rio, na manhã deste domingo (19), onde recolheram
amostras de embutidos para a realização de testes. As equipes estiveram em
supermercados da Zona Sul da cidade e da Ilha do Governador. O objetivo é
analisar produtos fornecidos pelos frigoríficos alvos da operação da Polícia
Federal que investiga adulteração e venda de carne vencida.
Segundo Aline Borges, gerente
técnicas de alimentos da vigilância sanitária, foram coletadas seis amostras
com produtos do frigorífico BRF, que corresponde a cerca de 10 quilos.
"Hoje coletamos embutidos; linguiças, empanados em base de frango. Hoje
nós coletamos seis amostras desses produtos e vamos continuar o mês todo
coletando.", conta Aline.
Em fato relevante divulgado à CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), a BRF disse que está colaborando com a
operação. A companhia destacou que cumpre normas e regulamentações na produção
e venda de seus produtos, possui processos de controle rigorosos e não
compactua com práticas ilícitas. "A BRF assegura a qualidade e a segurança
de seus produtos e garante que não há nenhum risco para seus consumidores, seja
no Brasil ou nos mais de 150 países em que atua", disse.
Essa é a segunda operação da
Vigilância Sanitária no Rio após a deflagração da Operação Carne Fraca, da PF.
No sábado (18), os fiscais recolheram amostras em supermercados de Botafogo e
Copacabana do frigorífico JBS, que é um dos fornecedores dos supermercados.
As amostras foram levadas para um
laboratório da prefeitura, na Mangueira, Zona Norte do Rio, que já começou a
realizar testes que vão apontar a qualidade para o consumo dos produtos. Na
manhã deste domingo, a equipe da vigilância não autuou ninguém porque não foram
encontradas irregularidades aparentes nos produtos e nos estabelecimentos
durante as visitas.
O Laboratório de Controle de
Produtos do órgão, que vai fazer análises microbiológica (verificar
contaminação por microorganismos, como a salmonela), de rotulagem (verificação
da composição do produto), microscopia (para detectar corpos estranhos no
alimento e se há indícios de fraude), análise sensorial (verificar cor, textura
e odor) e análise físico-químico (deterioração e alteração na cor). O resultado
deve sair em até 7 dias.
Segundo a coordenadora do
laboratório municipal de saúde pública, Roberta Ribeiro, alguns procedimentos
adotados pelo laboratório, logo no primeiro momento da apreensão são
fundamentais para manter a condição original de cada alimento.
"O fiscal traz os produtos
apreendidos e nós fazemos a recepção dos alimentos, verificamos a temperatura
do produto, adicionamos todos os dados do termo de apreensão no sistema e
depois eles são encaminhados pra diferentes laboratórios de análises de acordo
com as necessidades", explica Roberta.
Após as análises, os produtos com
amostras insatisfatórias terão os lotes retirados de circulação. O mesmo vai
acontecer com os alimentos que apresentarem validade vencida e com temperatura
inadequada, quando os técnicos estiverem no estabelecimento.
Em nota, a JBS alegou que há
milhares de profissionais dedicados à garantia da qualidade dos seus produtos.
"A JBS reafirma a qualidade dos seus produtos. A Companhia exporta para
mais de 150 países, como Estados Unidos, Alemanha e Japão, e é anualmente auditada
por missões sanitárias internacionais e por clientes. No Brasil, há 2 mil
profissionais dedicados exclusivamente a garantir a qualidade dos produtos JBS
e suas marcas. Todos os anos, 70 mil funcionários têm treinamento obrigatório
nessa área.”, afirmou a empresa.
G1 Rio
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