© Andre
Dusek/Estadão O ministro do STF Dias Toffoli
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BRASÍLIA– Ex-presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal
Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 20, que o sistema brasileiro “está
falido” e defendeu a adoção do modelo de lista fechada como um “teste provisório”,
não definitivo.
“Claramente esse (atual) sistema
está falido. Ele leva à possibilidade de compra de votos, ele leva a uma
fragmentação política cada vez maior no sentido de um maior número de partidos
sendo criados, isso leva a um governo de cooptação, e não de coalização. Então
o que temos é realmente repensar e mudar esse sistema o quanto antes”, disse o
ministro a jornalistas, depois de participar do Seminário Internacional sobre
Sistemas Eleitorais, na sede do TSE.
Na avaliação do ministro, cabe ao
Congresso Nacional discutir o melhor modelo a ser adotado no Brasil. Para
Toffoli, o sistema de lista fechada pode ser uma opção, mas não definitiva.
“Ela (a lista fechada) pode ser
uma saída, um teste provisório para ver como é que funciona. Não definitivo,
mas num momento de transição do atual sistema”, comentou Toffoli.
O ministro defendeu a adoção do
modelo alemão, no qual se adota um sistema misto, em que os eleitores votam no
partido e nos candidatos de cada distrito.
“Eu acho que o melhor sistema para
se introduzir no Brasil seria o alemão, mas esse depende de mudança
constitucional. Você vota metade do parlamento no partido, metade no distrito,
então você aproxima as pessoas”, disse Toffoli. (Rafael Moraes Moura)
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