Multidão
protesta em cidade da República Dominicana contra
o caso de
corrupção envolvendo a Odebrecht (Erika Santelices/AFP)
|
Manifestantes exigem fim das
operações da empreiteira no país e punição para autoridades que receberam
subornos
Milhares de pessoas marcharam
neste domingo pela cidade dominicana de Santiago para exigir o fim imediato das
operações da construtora brasileira Odebrecht na República Dominicana.
Além disso, os manifestantes exigiam punição para autoridades que receberam
subornos da empresa.
Uma das organizadoras do protesto,
Altagracia Kubinyi disse que os manifestantes exigem uma auditoria para
determinar se a companhia financiou as campanhas eleitorais do presidente
Danilo Medina em 2012 e 2016.
Imagens da emissora de televisão
CDN mostraram milhares de pessoas vestidas de verde no protesto em Santiago,
150 quilômetros ao norte da capital Santo Domingo.
Kubinyi leu à multidão um
manifesto com cinco pontos nos quais os organizadores do protesto demandaram a
suspensão imediata dos trabalhos da Odebrecht e a instalação de um organismo
independente que investigue os subornos que a companhia pagou no país para
obter contratos do governo.
A manifestação em Santiago foi a
segunda grande marcha no país contra a Odebrecht, após em 22 de janeiro
milhares de pessoas irem às ruas de Santo Domingo para exigir uma investigação
do caso.
Investigação
De acordo com informação do
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, executivos da Odebrecht revelaram
que pagaram subornos de cerca de 785 milhões de dólares em 12 países, entre
eles 92 milhões de dólares na República Dominicana. Desde que começou a operar
no país, a companhia participou de 17 das mais importantes obras de
infraestrutura no país, sete das quais relativas ao período do governo de
Medina.
A procuradoria dominicana abriu em
janeiro uma investigação e interrogou vários funcionários, sem revelar até
agora as identidades dos beneficiários dos subornos. A instituição e a
Odebrecht haviam chegado a um acordo mediante o qual a companhia pagaria uma
multa de 184 milhões de dólares em troca de continuar a operar no país e que o
governo renunciasse a processar os empregados da empresa. O acordo, porém, foi
declarado inadmissível por um tribunal.
(Com Estadão Conteúdo)
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