Polícia
Metropolitana de Londres (Met) nomeou nesta
quarta-feira
(22) Cressida Dick como nova comissária chefe
da polícia
(Foto: Stephen Hird/Reuters)
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Cressida Dick foi a oficial a
cargo da operação policial que acabou, por erro, na morte do brasileiro Jean
Charles de Menezes, em 2005, no metrô de Londres.
A Polícia Metropolitana de Londres
(Met), também chamada de Scotland Yard, nomeou nesta quarta-feira (22) Cressida
Dick como nova comissária chefe, tornando-se a primeira mulher à frente da
corporação em seus 188 anos de história.
Dick, de 56 anos, substituirá no
cargo de maior relevância da polícia do Reino Unido Bernard Hogan-Howe, que
anunciou no ano passado sua saída após cinco anos e meio no posto.
A nova comissária de polícia, que
trabalhava há dois anos para o Ministério das Relações Exteriores e que
previamente tinha sido responsável pela unidade antiterrorista da Met, era a
candidata favorita para assumir o cargo.
Os outros candidatos a substituir
Hogan-Howe eram o subcomissário da Polícia Metropolitana Mark Rowley, a
presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia, Sara Thornton, e Stephen
Kavanagh, chefe da Polícia de Essex.
Após conhecer sua designação, Dick
afirmou se sentir "encantada e honrada" e manifestou sua vontade de
"trabalhar de novo com os fabulosos homens e mulheres da Met".
"Esta é uma grande
responsabilidade e uma fantástica oportunidade", indicou a nova chefe da
Scotland Yard.
Por sua vez, a ministra britânica
de Interior, a conservadora Amber Rudd, disse que Dick é uma "líder
excepcional", com uma "clara visão para o futuro da Polícia
Metropolitana e um conhecimento da ampla variedade de comunidades à qual
serve".
"Agora assume um dos
trabalhos mais exigentes e importantes e de mais alto perfil, frente ao
contexto de alerta terrorista e de ameaças crescentes de crimes de fraude e
internet", observou a ministra.
Cressida Dick foi a oficial a
cargo da operação policial que acabou, por erro, na morte do brasileiro Jean
Charles de Menezes em 22 de julho de 2005 no metrô de Londres, quando foi
confundido com um suposto terrorista.
Menezes, que tinha 27 anos e
trabalhava como eletricista, morreu ao receber oito tiros (sete na cabeça e um
no ombro) de agentes da brigada antiterrorista da Scotland Yard na estação de
metrô de Stockwell (sul de Londres).
Os agentes, supervisados por Dick,
achavam que o jovem era um dos terroristas que perpetraram os atentados
fracassados contra três estações de metrô e um ônibus urbano da capital.
A gestão de Dick sofreu uma enorme
pressão, apesar de um júri a eximi-la de qualquer responsabilidade na morte do
brasileiro.
Por Agencia EFE
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