Deputado
André Figueiredo (PDT-CE)
(@PTnaCamara/Twitter)
|
Terceira maior bancada da Casa dá
aval para candidatura de André Figueiredo (PDT-CE); Rodrigo Maia (DEM-RJ)
assume pela 1ª vez que será candidato
Após receber fortes críticas de
sua militância por aventar a possibilidade de apoiar um integrante da base do
presidente Michel Temer (PMDB), a bancada do PT na Câmara decidiu
por unanimidade apoiar a candidatura do deputado André Figueiredo
(PDT-CE) para a eleição à Presidência da Casa, que acontecerá
nesta quinta-feira. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira após uma
reunião feita a portas fechadas.
Nas últimas semanas, a ala mais
pragmática do PT considerou endossar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para
garantir cargos na Mesa Diretora. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
chegou a defender essa ideia para evitar ficar sem nenhum posto de
comando, como aconteceu na eleição do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
em 2015, quando a sigla lançou o derrotado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
A base petista, no entanto, reagiu
e disse que seria um contrassenso dar aval a nomes que apoiaram
abertamente o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Nas redes sociais,
o grupo Muda PT, que abriga correntes mais à esquerda, afirmou não
ser possível aceitar o voto em “golpistas”. A bancada do PT tem 58
parlamentares, sendo a terceira maior da Câmara, ficando atrás apenas dos
blocos PP, PTB e PSC, com 73 deputados, e do PMDB e PEN, com 67.
Em artigo publicado no
domingo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, admitiu “divergências” em
relação à decisão do diretório nacional de autorizar negociação com
candidatos da base do governo Temer. Falcão também escreveu que defende a formação
de um bloco de oposição ao peemedebista.
Alguns parlamentares do PT também
pregavam o lançamento de candidatura própria, com Paulo Teixeira (SP), mas
acabaram desistindo da ideia na reunião desta terça-feira.
Rodrigo Maia
Pela primeira vez, o presidente da
Câmara assumiu publicamente nesta terça que disputará reeleição ao comando
da Casa. O anúncio foi feito durante reunião da bancada do PMDB, para a
qual o parlamentar do DEM foi convidado. “Estou aqui hoje pedindo a cada um de
vocês a reflexão, o voto, para que, junto com o presidente Michel Temer, em
hipótese nenhuma, em momento nenhum, haverá da minha parte, como nunca houve,
uma relação de hostilidade, mesmo quando a minha opinião seja divergente da
opinião do presidente Michel Temer, a minha relação com o governo será sempre
de harmonia”, afirmou Maia, no final do discurso.
Em entrevista à imprensa, Maia
confirmou que será candidato e informou que deverá fazer o registro de sua
candidatura nesta quarta-feira, quando acaba o prazo às 23 horas. Ele afirmou
que “caminha” para formar um blocão de partidos que apoiam sua reeleição, com
pelo menos doze partidos. Cinco ações judiciais foram movidas no Supremo
Tribunal Federal (STF) com o objetivo de barrar a candidatura de Maia sob
o argumento de que o artigo 57 da Constituição veda a reeleição de presidentes
do Legislativa no mesmo mandato. O deputado do DEM assumiu o “mandato
tampão” como presidente da Casa em 14 de julho de 2016, após afastamento do
então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Até agora, a disputa pela presidência
da Câmara conta com cinco candidatos — Julio Delgado (PSB-MG), Jovair
Arantes (PTB-GO), Rogério Rosso (PSD-DF), Maia e Figueiredo.
(Com Estadão Conteúdo)
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