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Parizotti / Cut InfoMoney
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Preocupado com a sobrevivência
política do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que a legenda
supere o discurso do "golpe" e tenha uma atuação que não seja apenas
de contestação do governo federal, mas também seja uma oposição propositiva,
informa o jornal O Globo desta segunda-feira.
"Nós ficamos gritando 'Fora
Temer' e o Temer está lá dentro. Gritamos 'não vai ter golpe' e teve golpe.
Estamos gritando contra as reformas e eles estão aprovando as reformas em tempo
recorde", disse ele no dia 19 de janeiro, no lançamento do 6º Congresso
Nacional do PT. Em junho, será discutido o rumo do partido.
Após esse discurso, Lula abriu o
diálogo com o presidente Michel Temer, que foi prestar condolências pelo
falecimento de Marisa Letícia. Já no PT, algumas alas tentaram minimizar o
episódio, tentando implodir qualquer possibilidade de desdobramento
político. Por outro lado, afirma o jornal, o entorno de Temer é entusiasta
da continuidade do diálogo, embora afirme que não há perspectiva de nova
conversa no curto prazo. Auxiliares de Lula dizem que a única pauta comum
possível é a reforma política. Apesar da torcida petista contra, um ministro de
Temer ressaltou que é da natureza de Lula a composição política.
Segundo o jornal, o ex-presidente
deve mergulhar ainda mais de cabeça na política após a morte da mulher. A
expectativa de aliados mais próximos é que a perda da ex-primeira-dama não
mudará a sua disposição de assumir a presidência do PT, na metade do ano, como
vem sendo articulado pelos principais caciques da legenda. Há também quem
acredite que o petista vai agora colocar o pé na estrada para percorrer o país,
até como uma forma de ocupar a cabeça. Ele já vinha ensaiando esse giro pelo
Brasil desde o início da crise que levou ao impeachment de Dilma, mas nunca
chegou a concretizar o plano.
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