Mulheres são
fotografadas durante a segunda edição do "Toplessaço",
em Ipanema,
no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (20). O evento busca
promover a prática do topless (Silvia
Izquierdo/AP)
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Policiais chegaram a ameaçar as
três mulheres com prisão por desacato à ordem na praia a 500 km ao sul de
Buenos Aires
Um juiz argentino decidiu endossar
e permitir o “topless”, na quarta-feira, em um balneário ao sul de Buenos Aires,
onde no final de semana passado policiais e seis patrulhas ordenaram que três
mulheres vestissem seu biquíni completo. O incidente desproporcional que gerou
uma polêmica na Argentina sobre as liberdades individuais, o machismo e sobre o
moralismo em relação à nudez inspirou a convocação de um “Tetazo” na capital na
próxima terça-feira, dia 07.
O juiz Mario Juliano, do tribunal
Criminal 1 de Necochea, resolveu arquivar o caso denunciado por um homem por
“carecer de relevância contravencional” e pediu “prudência” à polícia. Os
agentes chegaram a ameaçar as três mulheres com prisão por desacato à ordem na
praia a 500 km ao sul de Buenos Aires.
Em texto escrito em primeira
pessoa, o juiz ressaltou a importância de que essas polêmicas contribuam para o
avanço das liberdades sociais. “A defesa irrestrita das liberdades me leva a me
posicionar em favor das mulheres que decidiram expor seus peitos, do mesmo modo
que apoio as manifestações (tetazos) que acontecerão nos próximos dias em
defesa dos direitos”, escreveu. Juliano explicou ter arquivado o caso, porque a
norma que poderia sancionar esse tipo de incidente se refere a atos obscenos
que afetem a moral pública.
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